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Reforma administrativa do Senado deve acabar com supersalários

bxk11447_congresso_nacional_2800-300x168Acabar com os salários acima do teto constitucional do funcionalismo público está entre os principais objetivos do projeto de reforma administrativa do Senado, que está para ser votado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Com parecer aprovado na subcomissão da CCJ que formulou o projeto, o relator Ricardo Ferraço (PMDB-ES) considera “um absurdo” ainda haver servidores ganhando acima do teto de R$ 26,7 mil, que corresponde aos vencimentos dos ministros do Supremo Tribunal Federal.

Ele lamentou não poder informar quantos funcionários no Senado recebem os supersalários porque a folha de pagamento da Casa é “uma caixa preta muito blindada”. Baseado em contas que consideram gratificações, adicionais por tempo de serviço e outros acréscimos nos salários, é possível, segundo ele, fazer uma “estimativa conservadora” de que mais de 700 servidores ganhem acima do teto constitucional.

“Não dá para fazer uma afirmação precisa porque, para isso, a gente precisaria ter acesso à folha de pagamento e isso a gente não teve em nenhum momento. Mas, baseado em adicionais como quinquênio [incorporado ao salário a cada cinco anos] e outros acréscimos, nós fizemos essa estimativa conservadora”, disse o senador. “É um absurdo, não faz sentido o Senado não cumprir o teto constitucional”.

Além de propor um corte simplificado nos supersalários, enquadrando todos dentro do limite, o relator também propõe uma redução de 30% no número de funcionários terceirizados da Casa. Segundo ele, o número de efetivos triplicou de 1995 para cá, apesar de contar com os mesmos 81 senadores. Por isso, ele alega que, organizando a parte administrativa da instituição, é possível cortar os contratos de terceirização sem precisar requisitar novos servidores concursados.

“Um exemplo é a Polícia do Senado. Existem 450 pessoas lotadas nesse setor, mas apenas cerca de 180 a 200 estão trabalhando lá. O resto está em desvio de função. Se estão em desvio de função é porque não são necessários para a polícia”, explicou o senador.

Para organizar esse tipo de questão, o relator propõe que seja criado um Conselho de Administração, ao qual todos os órgãos do Senado devem estar subordinado. Atualmente, existem setores que têm autonomia orçamentária e administrativa. Pelo projeto, o conselho terá 12 membros e será presidido pelo primeiro-secretário da casa.

Ferraço sugere ainda a redução de 2.072 funções comissionadas para 1.129. Com isso, ele espera uma economia de R$ 28 milhões de reais por ano. O relator também propõe o enxugamento das atuais 38 secretarias para apenas seis, reduzindo o poder de diretores para criar despesas. Essa medida, segundo ele, economizaria R$ 10 milhões por ano.

As indicações do diretor-geral e do controlador-geral do Senado pela Mesa Diretora passariam a ter que ser aprovadas pela CCJ e pelo plenário e os indicados também precisariam ser submetidos à sabatinado.

Por fim, a reforma propõe que os funcionários do Senado deixem de ter acesso aos apartamentos funcionais, que só poderão ser ocupados por senadores.

O relatório de Ricardo Ferraço é baseado na proposta formulada pela Fundação Getulio Vargas, que foi contratada para estudar a estrutura administrativa do Senado e sugerir mudanças. Segundo ele, o texto traz “um bom resultado” e sua aprovação foi o primeiro passo para a reforma. Se for aprovado na CCJ, o texto precisará ainda passar por votação no plenário do Senado.

Fonte: Correio do Brasil

Jucá descarta apoio unânime do PMDB ao mínimo de R$ 545 no Senado

dinheiro_real_tratada_02O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), descartou nesta quarta-feira (23) a garantia 100% do apoio do PMDB ao salário mínimo no Senado. Jucá, que é relator do projeto na Casa, ironizou o risco de infidelidade do principal partido aliado de Dilma Rousseff na votação desta tarde. “A mágica do Henrique (Alves, líder do PMDB na Câmara) não chegou aqui no Senado. Contabilizo pelo menos quatro dissidências”, disse ele.

Na semana passada, o PMDB votou fechado com o governo na proposta do mínimo na Câmara. O partido foi mais fiel que o próprio PT, partido de Dilma, que registrou duas dissidências.

A votação na Câmara marcou o primeiro teste de Dilma com a base aliada. Os deputados aprovaram o mínimo de R$ 545 ao rejeitarem duas emendas propondo valores maiores. A primeira, de R$ 600, foi derrubada por 376 votos contra e 106 a favor, com 7 abstenções. A segunda, que propunha valor de R$ 560, teve 361 votos contra, 120 a favor e 11 abstenções.

Líderes dos partidos da base aliada ao governo calculam ter cerca de 60 votos para aprovar, nesta quarta-feira, o projeto de lei que aumenta o salário mínimo para R$ 545. Os votos contrários deverão se restringir à oposição e a um pequeno grupo de dissidentes do PMDB e do PP.

Fonte: Último Segundo

Revisão de reajuste do mínimo é praticamente consenso no Congresso

salrio1Independentemente da postura do PMDB de debater melhor a proposta do governo de aumentar o salário mínimo para R$ 540, a revisão do reajuste é praticamente um consenso entre os parlamentares a começar pelo próprio líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP). Segundo ele, o ideal é que os partidos deixem de lado “disputas políticas” e discutam o assunto tecnicamente, com base no princípio que o salário mínimo é parte de uma política de desenvolvimento para o país.Vaccarezza disse à Agência Brasil que, por força dessas discussões, é praticamente impossível aprovar a medida provisória em fevereiro. Para ele, a votação da matéria deve ocorrer em meados de março.

O também petista Paulo Paim (RS), que construiu sua história parlamentar – na Câmara e no Senado – com a bandeira de defesa de aumento real do salário mínimo e das aposentadorias, tem conversado informalmente com a bancada do partido no Senado. “A visão que tenho sentido nessas conversas é a de que somente o entendimento e o diálogo [com os partidos] é que vai definir o valor do salário mínimo.”

Paim considera possível aumentar o reajuste e alcançar os R$ 550. “Os R$ 540 nós sabemos que não vai ficar, uma vez que é inconstitucional porque não corrige o salário nem pela inflação do período [no caso em questão, o ano de 2010].”

O senador quer inserir nos debates que serão travados no Congresso a partir de fevereiro, a troca do fator previdenciário pela revisão da idade mínima de aposentadoria. O senador considera injusto que o servidor público da administração federal se aposente com 55 anos, no caso de mulheres, e 60 para os homens, enquanto, para os trabalhadores do Regime Geral da Previdência Social (RGPS), essas idades são de 60 e 65, respectivamente.

A cúpula do PMDB, que nesta semana antecipou o debate de revisão do salário mínimo proposto pelo Executivo, evita, agora, discutir o assunto antes de fevereiro. O receio é que a mídia continue vinculando a decisão à disputa do partido com o PT por cargos no segundo escalão do governo.

Entretanto, é comum entre os parlamentares que comandam as decisões do partido que será muito difícil para o Congresso aprovar um salário mínimo apenas com a correção da inflação. Os peemedebistas ressaltam que a política em vigor de recuperação do poder de compra do salário mínimo foi construída no Congresso a partir de conversas entre as lideranças e centrais sindicais.

O líder do PDT na Câmara, Paulo Pereira da Silva (SP), o Paulinho da Força, porém ressaltou que o partido insistirá na emenda apresentada à medida provisória, fixando o valor do salário mínimo, em 2011, em R$ 580. Ele considerou, no entanto, “um sinal positivo” a possível revisão do valor estabelecido em medida provisória. “Vamos ver se resolve com o diálogo. Vou para Brasília na semana que vem”, disse o parlamentar que pretende conversar com representantes do governo para analisar a questão.

O presidente nacional do PP, Francisco Dornelles (RJ), por sua vez, disse que o partido reunirá sua bancada para analisar a medida provisória e um possível aumento além do proposto. “O salário mínimo causa um maior impacto nas folhas [de pagamentos] da Previdência Social e nos municípios”, explicou o senador. Dornelles alertou que não se poder querer reajustar o salário mínimo sem uma análise prévia e técnica das consequências que o novo valor causará aos cofres das cidades.

Na oposição, o PSDB ainda não definiu a estratégia que adotará nos debates sobre o mínimo. Na campanha de 2010, o então candidato do partido à Presidência, José Serra, defendeu um salário mínimo de R$ 600 para 2011. Já o líder do DEM na Câmara, Paulo Bornhausen (SC), tem tido que a tendência da legenda é adotar uma posição conjunta com os tucanos.

Fonte: Agência Brasil

Congresso quer aumentar o próprio salário e o de Dilma

dinheiro_e_inflacaoCom a volta dos trabalhos no Congresso, deputados e senadores já defendem aumentar os próprios salários e, de quebra, reajustar também o da presidente eleita, Dilma Rousseff, informa reportagem de Andreza Matais e Fernanda Odilla, publicada na edição desta terça-feira da Folha e disponível na íntegra para assinantes do jornal e do UOL.

O “pacote de bondades” planejado pelos congressistas surge no momento em que Dilma orientou sua equipe de transição a tentar barrar no Congresso reajustes para o funcionalismo que impliquem em rombo no Orçamento de 2011.

Eles alegam que os salários do Executivo e do Legislativo estão sem aumento há cerca de três anos e que a inflação no período foi de 17,8%, mas por ora não falam em percentuais.

Para diluir o desgaste político que o aumento pode gerar, os congressistas insistem em mostrar que essa defasagem também ocorre nos salários do Executivo. Eles defendem a vinculação do reajuste do Legislativo ao de Dilma e dos demais ministros de Estado.

Como presidente, ela vai receber menos da metade do que ganhava quando era ministra do governo Lula, período em que aumentou seus rendimentos participando de conselhos de administração de empresas públicas.

Fonte: Folha Online

Reajuste a aposentados pode custar R$ 30 bi

20100510171101Estimativa foi feita nesta segunda-feira pelo ministro do Planejamento. O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, disse nesta segunda-feira (10) que o reajuste de 7,7% para os aposentados que ganham mais de um salário mínimo, defendido por alguns parlamentares, pode custar R$ 30 bilhões para o governo em um prazo de cinco anos.

Ele lembrou que o Executivo propôs um reajuste menor das aposentadorias acima de um salário mínimo: de 6,14%. “Houve um verdadeiro torneio para ver quem dava mais”, afirmou o ministro, referindo-se aos congressistas.

A conta para o governo federal, segundo ele, será de R$ 4 a bilhões de reais neste ano, sendo que, nos próximos cinco anos, pode chegar a R$ 30 bilhões.

“Se somarmos a isso, o que vai significar o fim do fator previdenciário, de mais R$ 30 bilhões, teremos um aumento nas despesas da previdência da ordem de R$ 60 bilhões em cinco anos”, afirmou o ministro do Planejamento em evento realizado em Brasília.

Segundo ele, tanto Constituição Federal quanto a Lei de Responsabilidade Fiscal determinam obrigatoriamente a indicação da fonte de receita para despesas de duração continuada.

O ministro do Planejamento disse que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva manifestou “preocupação” com o movimento de alguns setores do funcionalismo público federal sobre os reajustes salariais.

De acordo com ele, o presidente orientou o Ministério do Planejamento a alertar aos demais Ministérios que “não temos previsão orçamentária” para novos reajustes, além dos já contratados. Destacou que é “inaceitável” que categorias entrem em greve mesmo considerando o aumento de 16%, a ser pago em julho, para uma inflação de 4% ao ano.

Do PB Agora

Governo reclama que pedido de aumento dos professores causa impacto de R$ 2,5 bilhões

jcm_8306A Secretaria de Administração (SAD) está mantendo reuniões com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe) para tratar da pauta de reivindicação da categoria que, em termos financeiros, propõe um reajuste médio da ordem de 194%, o que causaria um incremento na folha de pagamento da Educação de mais de R$ 2,5 bilhões em 2010. Os pleitos estão sendo analisados e serão tratados de acordo com a disponibilidade financeira do Estado.

A secretaria contesta a informação que está sendo propagada pelo sindicato de que a reunião agendada para o último dia 02 foi cancelada.

“O encontro foi realizado e contou com a participação do gerente geral de Políticas de Pessoal da Secretaria de Administração e da superintendente de Desenvolvimento de Pessoas da Secretaria de Educação. Logo, não procede a informação de que as negociações estão estagnadas”.

Fonte: Blog do Jamildo

Disputa para salários de mais de R$ 13 mil

Boa notícia para quem pretende seguir carreira no Poder Executivo. O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) irá lançar novo edital até o início de janeiro de 2010. De acordo com informações do departamento de Recursos Humanos do órgão, serão 234 vagas para o cargo de auditor fiscal. A remuneração para o cargo, que exige nível superior, é de R$ 13.067.

Segundo o MTE, o prazo para o lançamento do edital (previsto na portaria de autorização do concurso) se extingue no dia 4 de janeiro, mas é possível que o documento seja lançado ainda na segunda quinzena de dezembro. E quem pretende tentar esta oportunidade já pode começar a estudar: as provas serão elaboradas pela Escola de Administração Fazendária (Esaf – www.esaf.fazenda.gov.br), que também realiza neste fim de semana um concurso para 450 vagas de auditor fiscal da Receita Federal, também com salário inicial de R$ 13 mil.

Fonte: Diário de Pernambuco