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SwissLeaks pode ser maior escândalo de sonegação fiscal do país, diz senador

O senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), que atuou hoje (1º) como relator da CPI do HSBC na ausência do senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES), disse que as irregularidades podem ser maiores do que se especula atualmente, ainda sem todos os dados das autoridades francesas. “Se de uma amostra de 342 nomes, pelo menos 100 têm indícios para investigação, significa que estamos diante do maior escândalo de sonegação fiscal da história do país”, disse, acrescentando que, se persistir o mesmo percentual nas demais contas, mais de 2,5 mil contas podem ter irregularidades.

A declaração foi feita após cerca de quatro horas de audiência com o secretário da ReceitaFederal, Jorge Rachid; o presidente do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), Antônio Gustavo Rodrigues; o diretor de Fiscalização do Banco Central do Brasil, Anthero de Moraes Meirelles, e o secretário nacional de Justiça, Beto Vasconcelos.

Rodrigues, que é vice-presidente da CPI, que investiga sonegação e evasão fiscal por parte do banco HSBC e demais de 8 mil correntistas brasileiros dentro do escândalo conhecido como SwissLeaks, disse que há falhas graves no sistema de arrecadação tributária do país e ausência de legislação eficiente na área.

Na audiência, o secretário da Receita Federal, Jorge Rachid, disse que, apesar de todos os controles sobre as informações prestadas pelos contribuintes, é difícil descobrir movimentações financeiras ilícitas e acrescentou que, apesar de recente, a legislação brasileira na área está aquém da de outros países. “Precisamos pensar, reformular ou trabalhar melhor nossa legislação de acesso à movimentação financeira. Ela continua muito restritiva”, disse, depois de afirmar que uma missão da Receita está na França neste momento coletando dados das contas de brasileiros dentro do caso SwissLeaks.

Segundo Rachid, dos 342 nomes da lista publicada pela imprensa brasileira em fevereiro, 100 foram identificados, em uma análise preliminar, como “de interesse” do órgão, por não terem declarado a titularidade da conta no exterior, entre outros indícios preliminares para serem investigados. De acordo com o secretário, também foram detectadas irregularidades em algumas movimentações de correntistas declarados.

Fonte: Agência Brasil

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