O candidato do PSDB à Presidência, José Serra, culpou nesta quinta-feira, em Maringá (PR) o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pela violência que, segundo ele, teria tomado conta da campanha eleitoral. Ao comentar o incidente no Rio, na quarta-feira, quando foi atingido na cabeça por um objeto identificado como um rolo de adesivos, Serra acusou os petistas que defendem a candidatura de Dilma Rousseff de “profissionais da mentira” e de “profissionais da violência”. O tucano afirmou ainda que, ao contrário de Lula, não trata adversário político como inimigo.
– Nós somos contra a violência e contra tratar adversário como inimigo a ser destruído. Creio que, infelizmente, a atitude do presidente da República, de se jogar de corpo e alma no processo eleitoral, em vez de governar o país, e ao mesmo incitar a destruir os adversários, como ele tem feito, há vários exemplos nesse sentido, só contribui para esse clima de violência – disse o candidato tucano.
Também nesta quinta-feira, antes de Serra dar as declarações sobre o presidente, Lula classificou incidente no Rio como uma mentira e comparou o caso com o episódio do ex-jogador chileno Roberto Rojas. O então goleiro da seleção chilena fingiu ser atingido por um sinalizador num jogo entre Brasil e Chile em 1989, válido pelas Eliminatórias da Copa de 1990.
Rojas cortou o próprio rosto com uma gilete escondida na luva para fingir que teria sido atingido. Com a farsa descoberta após investigação da Fifa, o goleiro foi banido do futebol, e o Chile foi excluído da Copa.
Fonte: O Globo
