O Senado derrubou a proposta que reduzia o número de suplentes e proibia que um parente assumisse a vaga do titular. Isso vai na contramão da agenda positiva para tentar melhorar a agenda do Congresso.
Muitos substitutos votaram em causa própria e filhos, irmãos continuarão com a chance de substituírem seus parentes senadores, ganhando salários e benefícios. Na terça-feira (9), os suplentes ajudaram a manter o número de dois substitutos para cada senador.
A proposta de emenda à Constituição havia passado pelas comissões de Reforma Política, de Constituição e Justiça, mas não resistiu ao plenário.
Pelo texto, cada senador só teria um suplente e não dois, como é hoje. O substituto não poderia ser o cônjuge ou parente até segundo grau, como filho, irmão, cunhado ou sogro.
Se o senador fosse afastado definitivamente, em caso de morte ou perda do mandato, o suplente ficaria até que um novo titular fosse aprovado nas urnas, nas eleições seguintes, municipais ou gerais.
Depois que o Congresso Nacional passou a tratar de temas para atender às reivindicações dos manifestantes nas ruas, foi a primeira vez que um projeto de interesse popular foi derrubado. Eram necessários 49 votos para aprovar o texto, mas apenas 46 senadores votaram sim.
Hoje, 16 dos 81 senadores estão no lugar dos titulares. Indicados pelos partidos, eles não receberam nenhum voto. Ganham mais de R$ 70 mil por mês, entre salários e benefícios.
Para o relator, parte deles foi responsável pela derrota. “Houve uma reação equivocada dos suplentes, de alguns suplentes, e houve também uma reação de quem não quer o fim do nepotismo na suplência do Senado”, afirmou Luiz Henrique.
Fonte: Bom Dia Brasil
Que democracia é essa em que senadores não eleitos pelo voto popular decidem o próprio destino contra a vontade da maioria da população? Nosso sistema político é uma piada de fazer chorar, um senador destituído do cargo por corrupção pode ser substituído pelo filho, esposa, etc, etc.. ou até mesmo por um amigo que lhe deva o favor da indicação.