“Imaginem a seguinte situação: Um homem é informado que não poderá entrar em uma casa noturna, por que não esta com roupas adequadas…”. Assim começa a carta aberta de um advogado que foi barrado em um bar de Curitiba na última quinta-feira (13). A roupa escolhida por ele? Calça, camisa e gravata pretas.
De acordo com Juliano Trevisan, 27 anos, poucos minutos após chegar à fila do James Bar, ele foi abordado por seguranças do local. Em seguida, um funcionário da casa o informou que ele não poderia entrar com a roupa que estava vestindo.
“Roupa preta, gravata e tal, você vai ser confundido com segurança lá dentro, assim não pode entrar”, teria dito o funcionário. Em choque, Juliano preferiu evitar a discussão e foi embora.
Discriminação
Na carta aberta que direcionou ao bar em sua página no Facebook, o advogado disse acreditar ter sido vítima de preconceito e discriminação.
“Me sinto humilhado, olhei mil vezes minha roupa, até entender que o problema não é minha roupa, não é meu estilo, não sou eu. E preciso sim, expor esta situação a vocês e demonstrar quão grave ela é e o que ela representa, socialmente falando, nos dias de hoje”, desabafou o jovem.
“Conheço várias pessoas que vão lá de camisa e gravata e nem por isso foram barradas. A verdade mesmo é que, por mais que estivesse parecendo com segurança da casa, isto não justifica barrar entrar no local. Roupa social não é uniforme exclusivo de empresas de segurança, o que dizer de formaturas onde os seguranças estão vestidos igual aos convidados?”, completou.
Retratação do bar
Em resposta ao ocorrido, o James Bar demitiu o funcionário que impediu a entrada de Juliano e também utilizou o Facebook para realizar uma retratação pública ao advogado e àqueles que se solidarizaram com o caso.
Fonte: RIC Mais