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Risco de massacre em Roraima faz Justiça mandar presos para casa

Todos os 161 presos do Centro de Progressão Penitenciária de Roraima deixaram a unidade e estão cumprindo prisão domiciliar. A Justiça mandou fechar o centro em caráter emergencial por causa do risco de um novo massacre no estado.

Nas ruas de Boa Vista, o clima é de preocupação. “Me sinto inseguro por causa de tudo que está acontecendo lá dentro. Pode acontecer aqui fora”, diz um homem.

“A gente teme muito pela segurança de todo mundo”, afirma uma mulher.

O Centro de Progressão Penitenciária de Roraima está vazio. Os 161 presos que cumprem pena no regime semiaberto foram para casa. A Justiça atendeu a um pedido da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil e determinou que eles fiquem em prisão domiciliar até o dia 13 de janeiro.

Segundo a comissão, os presos estavam sendo ameaçados por facções criminosas. E a própria direção da unidade admitiu que não teria como garantir a segurança.

O temor é de um massacre como o que aconteceu na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo que deixou 33 mortos.

“É um risco iminente pois não tem segurança, tanto para os reeducandos quanto para os agentes que são muito poucos, três quatro agentes são irrisórios pra uma quantidade tão grande de reeducandos”, aponta Sulivan Barreto, comissão de direitos humanos-OAB/RR.

A governadora de Roraima, Suely Campos, do PP, enviou nesta segunda-feira (9) um novo pedido de ajuda ao Governo Federal. Ela quer o repasse de quase R$ 10 milhões para ampliação de vagas nas unidades de detenção. E o envio ao estado de agentes penitenciários e de cem homens da Força Nacional de Segurança.

Fonte: Jornal Nacional