Mas segundo notícia publicada no iG, a tendência hoje dentro da Rede Sustentabilidade, grupo liderado por Marina Silva, é optar pela neutralidade no segundo turno da eleição presidencial. O argumento é que nenhum dos dois partidos (PT e PSDB) que se enfrentam nesta fase da disputa representa os ideais do grupo, que deve oficializar sua decisão em uma reunião por teleconferência na próxima quarta-feira, 8. Um de seus integrantes destaca a questão ambiental como um dos motivos para a decisão de não apoiar o candidato do PSDB.
Para a Rede, os resultados da eleição deste ano demonstram que o grupo tem razão ao apontar um desapontamento da população com a política tradicional, mesmo com os resultados positivos que alguns líderes conservadores conseguiram. Para um de seus integrantes, o descontentamento pode ser constatado pelo alto índice de abstenções e votos brancos e nulos. Avaliam que, ao se juntar a Aécio ou Dilma, a Rede perderia interlocução com esse eleitorado. Redistas citam como exemplo “o Podemos”, partido político formado neste ano na Espanha, que obteve cinco cadeiras no Parlamento Europeu, quatro meses depois de ser criado. Em 2011, o conservador PP, do primeiro-ministro Mariano Rajoy, conseguiu vencer uma eleição com alta abstenção. A avaliação foi que a descrença com o discurso político tirou mais votos da esquerda do que dos políticos de direita naquela disputa.
Fonte: Último Segundo