Líder de audiência em Recife e Região Metropolitana há mais de 30 anos, o radialista Geraldo Freire lança no próximo sábado (11) o livro biográfico “O que eu disse e o que me disseram”. No evento, que vai ser realizado das 9h às 12h no hotel Nobiles Suites (antigo Quality), em Petrolina, o comunicador vai autografar a obra que conta uma parte significativa de sua história. O livro ajuda a entender a trajetória recente da radiofonia em Pernambuco.
A publicação conta com prefácio escrito pelo jornalista Xico Sá e depoimentos de Ivanildo Vila Nova, Jessier Quirino e Moacyr Franco. O comunicador da Rádio Jornal recebeu ajuda do professor Eugênio Jerônimo para escrever o livro. Ele vai lançar a obra no Vale do São Francisco depois de concorridos lançamentos em Recife e Caruaru.
O livro levou 10 anos para ser concluído e relata histórias curiosas e interessantes envolvendo figuras importantes, a exemplo de Miguel Arraes e Dom Helder Câmara. Nele está toda a irreverência que é a marca registrada do cearense que contabilizada 40 anos no jornalismo radiofônico.
Da redação do Blog Alvinho Patriota
Sou amigo pessoal de Geraldo Freire desde os tempos em que unimos os Sindicatos dos Jornalistas, dos Radialistas e dos Gráficos e formamos a Intercon, que resultou na maior greve dos Jornalistas de todos os tempos: 25 dias de paralisação no Recife.
Geraldo é “campeão de audiência” porque – diferente de muitos que “cospem” no microfone, nunca disse que ele e a rádio em que trabalha (e foram muitas ) são “os melhores do mundo”, e têm autorização dos donos da empresa para deixar o povo apresentar os seus problemas. Ele não enrola nem mente para os ouvintes.
A abertura do programa de Geraldo Freire – diferente de alguns do Sertão que apresentam um falatório besta, falam em Deus como se fossem verdadeiros santos e dizem até “que este é o um dia que não terá igual”. Ora, todo dia é igual, só que tem um que chove, outros fazem sol; uns são calmos e outros são violêntos, etc.
Geraldo Freire não coloca músicas que não têm qualidade, que atentam contra a moral do homem e da mulher. os cantores fuleiros ganhadores de dinheiro não têm lugar no programa dele.
O programa que ele comanda é de verdadeira prestação de serviço e de informação, tem um debate qualificado, das onze à doze horas, de segunda à sexta-feira.
Logo às nove da manhã, ele apresenta o “Passando a limpo”, com a participação de mais três profissionais da rádio e do Jornal do Commercio, enfocando os fatos mais importantes na política, na economia e do dia-a-dia do Recife, de Pernambuco, do Brasil e do Mundo..
Seria interessante que os “comunicadores” que se dizem “os melhores do mundo” e na verdade não o são, apresentassem um programa com, pelo menos, cinquenta por cento da qualidade do Programa de Geraldo Freire. é um programa simples, sem frescura.
Aliás, tem programas de rádio em Salgueiro onde colocam dez propagandas seguidas de uma vez, colocando anúncios de farmácias um atrás do outros, coisa que prejudica o anunciante e enche o saco do ouvinte. Uma coisa insuportável.
Tem mais: exploram Deus demais com programas que se caracterizam com um mistos de religiosidade e exploração política ao mesmo tempo. Prestem atenção para ver se não é verdade.
Rádio não existe para incutir na cabeça de ninguém seguir esta ou aquela religião.
A rádio tem que ser laica e apartidária, embora deva ter uma posição política (no bom sentido) decente, que não viva bajulando A ou B.
Quem escreve estas linhas, acorda e anoitece ouvindo rádio, onde quer que esteja, por amor ao rádio e por defender a participação do povo na comunicação radiofônica.
Vamos melhorar a qualidade dos nossos programas, sem dizer que o locutor é o melhor do mundo e que a rádio resolve os problemas do povo. Rádio é uma concessão pública e sobrevive dos anúncios dos produtos que o ouvinte compra. é o consumidor que mantém as rádios.
Precisamos fazer rádio com seriedade e respeito ao povo !!!