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PSDB pede afastamento de Cunha e presidente diz que partido é livre

O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, disse que o PSDB nunca foi seu aliado e que pode se posicionar como quiser. A afirmação é uma resposta ao pedido de afastamento de Cunha da Presidência da Casa feito nesta quarta-feira (11), em entrevista e em pronunciamento no Plenário, pelo líder do PSDB, deputado Carlos Sampaio (SP). 

De acordo com Sampaio, as acusações contra Cunha são graves e impedem a sua permanência no cargo. O documento lido por ele na tribuna foi assinado pelos 54 deputados que compõem a bancada do PSDB. “Ninguém está aqui a prejulgar. Cabe a vossa excelência apresentar provas ao Conselho de Ética”, disse Sampaio, dirigindo-se a Cunha.

Ao ser questionado por jornalistas sobre a iniciativa dos tucanos, Cunha respondeu: “O PSDB não me apoiou na minha eleição para presidente. Aliás, o candidato do partido foi o deputado Júlio Delgado (PSB-MG), que está investigado na Lava Jato por ter recebido recursos do delator Ricardo Pessoa. Esse foi quem o PSDB apoiou na campanha. Cada um tem o direito de se posicionar como quiser e não me cabe comentar, criticar; eu não vou tecer comentários, cada um tem todo o livre-arbítrio para se posicionar como quiser.” Delgado afirma não ter cometido nenhuma irregularidade.

Eduardo Cunha disse respeitar o PSDB, que representa, segundo ele, o principal contraponto ao governo dentro da Câmara: “Eu tratei [o partido] com deferência e com igualdade. Dei oportunidades iguais, de trato igual. Se o PSDB decidiu ter essa posição, não vejo problema. Já não tive atritos tão maiores com o PT do que esse que o PSDB está tendo comigo?”

Em relação ao Conselho de Ética, Eduardo Cunha afirmou que nunca teve os votos dos dois representantes do PSDB e que o atual posicionamento do partido não vai mudar essa realidade.

Fonte: Agência Câmara