Vida FM Asa Branca Salgueiro FM Salgueiro FM

Professora do Campus Salgueiro do IFSertãoPE publica pesquisa pioneira sobre ensino de Química para autistas

Maria Lair Sabóia, professora de Química do Campus Salgueiro do IFSertãoPE, desenvolveu uma pesquisa pioneira sobre o ensino de Química para estudantes autistas, que foi capa da edição de janeiro da revista Química Nova, importante periódico sobre essa área de conhecimento. Intitulado “O autismo no Ensino de Química brasileiro: uma reflexão”, o artigo foi escrito em parceria com a terapeuta ocupacional Layane Lima Sabóia, irmã da educadora e especialista em Neurociência e Reabilitação de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA).

“Foi a primeira vez que unimos nossas áreas de atuação. O artigo apresenta uma análise crítica sobre os entraves que corroboram para que existam poucos trabalhos na área de Química voltados ao público autista do Ensino Médio. Pontos importantes como currículos dos licenciados, currículos dos docentes das instituições de ensino superior (que formam os licenciados) e aspectos legais são tratados com profundidade, além de apresentar trabalhos que são relevantes para a educação Química brasileira no que tange a educação do autista”, explica Maria Lair.

Segundo a professora, o artigo serve de alerta para a comunidade Química brasileira e levanta questões importantes, como a necessidade de mais inclusão em sala de aula. Ela decidiu abordar esse tema durante a elaboração do projeto “Confecção de jogos virtuais direcionados ao ensino de cinética química: uma proposta inclusiva para alunos autista”, submetido e aprovado no Edital n° 81/2022 – Bolsas, na modalidade PIBIC JR do IFSertãoPE. O trabalho vem sendo desenvolvido junto com o aluno bolsista Gabriel Messias Vieira Piancó.

“Observei a escassez de um referencial teórico que direcionasse a escrita do projeto. Assim, percebendo a necessidade de incomodar a comunidade química com tal situação, convidei a Terapeuta Ocupacional Layane Lima Sabóia para que, juntas, pudéssemos escrever um artigo acadêmico que alertasse sobre esta escassez e sobre a importância do desenvolvimento de materiais voltados ao público autista. Além disso, este mesmo artigo deveria gerar reflexões sobre o porquê disso não acontecer. Foi muito impactante ver o trabalho aceito e publicado em uma revista tão conceituada. É um grande reconhecimento para nós, e uma grande contribuição a toda a comunidade científica”, ressalta a professora, que está em fase de finalização de um livro sobre a temática em conjunto com a irmã e o aluno bolsista.

Da redação do Blog Alvinho Patriota