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Preso mais um suspeito de ser operador da corrupção na Petrobras

A Operação Lava Jato entrou, nesta quinta-feira (21), na 13ª fase. A Polícia Federal prendeu Milton Pascowitch, considerado suspeito de ser um dos operadores de desvio de dinheiro da Petrobras.

Milton Pascowitch foi levado de São Paulo para a sede da Polícia Federal, em Curitiba. Ele é apontado pelo ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco como um dos 11 operadores da diretoria de serviços da empresa. Ele atuava em nome da Engevix, mas será investigado por suposta ligação com outras empreiteiras.

A Polícia Federal também quer saber qual era a relação dele com o Partido dos Trabalhadores. Essa relação foi citada pelo ex-presidente da Engevix Gerson Almada, em março.

“Ele passa a ter um papel de um operador com dupla característica, porque nós tínhamos operadores de partido e operadores de empresas. Ele parece ser um operador que atua para os dois campos”, afirma Carlos Fernando Lima, procurador do MPF.

Outro ponto importante para a Polícia Federal são pagamentos da empresa de Pascowitch, a Jamp, para a JD Assessoria e Consultoria, do ex-ministro José Dirceu.

Um relatório da Receita Federal mostra que a Jamp depositou quase R$ 1,5 milhão, entre 2011 e 2012, nas contas da JD, mesmo depois do início do julgamento do Mensalão do PT.

Os procuradores afirmam que as justificativas das empresas para esses pagamentos não batem. Essa fase da operação também vai investigar suposto desvio de dinheiro na diretoria de Exploração e Produção.

A prisão de Milton Pascowitch é por tempo indeterminado. A Justiça considerou que ele poderia fugir do país por ter contas no exterior. E que ele continuou a fazer operações financeiras ilegais mesmo depois do início da Operação Lava Jato, em março do ano passado.

Fonte: Jornal Nacional