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“Pra não dizer que não falei de flores” (ou a versão verdadeira dos fatos)

Por Machado Freire

Informo aos incautos que no tempo da ditadura nós que efetivamente tínhamos compromisso com o povo brasileiro -que vivia os seus piores dias-, sem direito a isso que estamos fazendo aqui (bem diferente desses que vivem se locupletando no poder onde chegam só Deus sabe como ), tínhamos candidato apenas para defender nossa gente do regime autoritário. Nossa tribuna e palanque eram o meio da rua, as praças…

Naquele tempo quem comprava voto eram os donos dos “curais eleitorais” que ainda existem, travestidos de coronéis do asfalto, uma espécie de gente que se passa por sério, competente e até que se mete a falar, mas não diz “coisa com coisa”. É o gato escondido com o rabo de fora.

Ai estão as prefeituras e a Codevasf para servir de “estepe’ para projetos pessoais de algumas figuras conhecidas. Há mais de 30 anos Mansueto de Lavor já denunciava esse monstrengo que ainda hoje é controlado pela família Coelho, na maior cara de pau.

Não tínhamos, na verdade, nenhuma chance de eleição. A eleição era o gesto, a ação, a participação no processo até chegarmos ao que chegamos: a conquista da democracia, que em nosso país é capenga, em função das desigualdades sociais, da roubalheira, da falta de responsabilidade da maioria dos prefeitos que sequer cuidam da população e gastam com festas e praticam esse imoral e desavergonhado nepotismo, etc, etc.

Então, não venha qualquer um colocar em dúvida o meu posicionamento quanto a uma questão de fato, pois como se sabe (e ninguém é criança) quando se tenta fabricar candidaturas a três por quatro. O que se faz, hoje, é “entrar na briga para ganhar” de qualquer jeito, enquanto a seca devastadora persiste com a mesma cara do passado e muito mais implacável..

Não sou defensor da manutenção pura e simples da permanência dos três ou mais parlamentares que hoje representam o Sertão na Câmara Federal. Que sejam eleitos tantos quantos o povo determinar através do voto limpo.

O que estamos questionando é um fato político que surgiu de uma hora para outra, tal qual o que acontece com o cenário maluco que dar conta da sucessão presidencial, onde não se sabe PORQUE, com quase dois anos de antecedência, foi aberto o processo sucessório para a

Presidência da República. Este não é o momento de lançamento de candidatura nem de presidente de “briga de galo”. é inoportuno e inconveniente se lançar candidaturas a torto e a direta.

Em Salgueiro não acontece diferente. Se fala em sucessão quando o município se encontra num verdadeiro mar de dificuldades, com uma administração fraca e sem nenhum propósito de atingir os objetivos (e direitos) da população.

Somos uma cidade verdadeiramente desarrumada, desestruturada e que precisa, de fato de um gestor zeloso e que demonstre gostar das pessoas e cumpra com aquilo que o povo espera. O povo paga imposto e é um direito seu exigir do poder público, em todos os níveis.

Há dois dias, eu e mais dois companheiros passamos em frente desse troço que chamam de matadouro. Tivermos que aumentar a velocidade do carro, tamanha era a fedentina daquele ambiente imoral. Não se sabe como os trabalhadores que lá estavam conseguem suportar tamanha imundice. Se a população tivesse conhecimento do que acontece por lá, não compararia carne para comer. O Ministério Público deve mandar fechar aquele troço vergonhoso.

Então, em vez de se falar em candidaturas mirabolantes e interesses pessoais de quem quer que seja, vamos, primeiro, cumprir com a obrigação. A cidade está um buraco só, com ruas quase intransitáveis.

Mais recente: Ministério Público está denunciando o caso do Transporte Escolar no município do município que deveria Sr um modelo para o Sertão Central. Isso é um absurdo!

Nada disso se justifica tendo em vista que os que estão no poder tem quase uma sequência de cinco administrações juntas, chegando há mais de vinte anos à frente do Poder Público Municipal.

Ninguém-seja bajulador ou simples eleitor, pode esquecer que a administração pública existe para zelar pela qualidade de vida da população. E os que estão lá – que pelo menos foram eleitos para isso, precisam justificar pelo menos as vantagens pessoais, política e familiares que tiram do Poder Público.

E quem está rabiscando estas linhas não é nenhum imbecil e jamais paparicou ou bajulou esse ou aquele político. Votou, vota; apoiou e continua apoiando de forma correta.

Tenho amizade com muitos, mas não devo satisfação a nenhum deles. Voto em quem quero e levanto a bandeira para quem merece.

E ponto final.