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Polícia prendeu executivo com base em dados inexistentes, diz WhatsApp

A assessoria de imprensa do WhatsApp, serviço ligado ao Facebook, informou por meio de nota que a Polícia Federal prendeu o executivo argentino Diego Jorge Dzodan, vice-presidente do Facebook para a América Latina, “com base em dados que não existem”. “Não podemos fornecer informações que não temos”, diz.

O WhatsApp diz ainda que as duas empresas trabalham de forma independente, então a prisão de um executivo do Facebook não se justifica.

Dzodan foi preso na manhã desta terça-feira (1º) em São Paulo e levado ao Centro de Detenção Provisória de Pinheiros, na Zona Oeste da capital paulista, após a rede social descumprir decisão judicial de compartilhar informações trocadas no WhatsApp por suspeitos de tráfico de droga. O Facebook é dono do WhatsApp desde o começo de 2014.

“O WhatsApp não pode fornecer informações que não tem. Nós cooperamos com toda nossa capacidade neste caso, e enquanto respeitamos o trabalho importante da aplicação da lei, nós discordamos fortemente desta decisão”, diz a nota.

“O WhatsApp não armazena as mensagens dos usuários. Nós apenas mantemos as mensagens até que elas sejam entregues. A partir da entrega, elas existem apenas nos dispositivos dos usuários que as receberam. Além disso, estamos estendendo um forte sistema de criptografia de ponta a ponta, o que significa que as mensagens dos usuários são protegidas dos criminosos virtuais. Ninguém – nem o WhatsApp ou qualquer outra pessoa –  pode interceptar ou comprometer as mensagens das pessoas”, afirma a empresa.

Já o Facebook afirmou em nota, por meio de sua assessoria de imprensa no Brasil, que está desapontado com a prisão do vice-presidente da empresa na América Latina, o executivo argentino Diego Jorge Dzodan. Ele foi detido nesta terça-feira (1º) em São Paulo a pedido da Justiça de Sergipe após a rede social descumprir decisão judicial de compartilhar informações trocadas no WhatsApp por suspeitos de tráfico de droga. O Facebook é dono do WhatsApp desde o começo de 2014.

“Estamos desapontados com a medida extrema e desproporcional de ter um executivo do Facebook escoltado até a delegacia devido a um caso envolvendo o WhatsApp, que opera separadamente do Facebook. O Facebook sempre esteve e sempre estará disponível para responder às questões que as autoridades brasileiras possam ter”, diz a nota da empresa.

O executivo foi levado para o Centro de Detenção Provisória (CDP) de Pinheiros, na Zona Oeste da capital paulista, no início da tarde, depois de prestar depoimento na Polícia Federal. Advogados já entraram na Justiça com um pedido de habeas corpus.

Segundo a assessoria de imprensa da Polícia Federal, na sede da PF em São Paulo, Dzodan respondeu a perguntas encaminhadas pela Justiça de Sergipe, conhecida como carta precatória, e logo foi encaminhado ao CDP Pinheiros.

Fonte: G1