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Pnad: desemprego e trabalho infantil sobem, desigualdade e analfabetismo caem

O desemprego cresceu em 2014, mas o país manteve tendência de redução da desigualdade, conforme apontam os resultados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), divulgada na manhã de hoje (13) pelo IBGE. A taxa média de desemprego subiu de 8,5%, no ano anterior, para 8,8%, embora esteja abaixo da registrada dez anos antes (11,7%). Já o índice de Gini do rendimento do trabalho, que mede a concentração de renda, caiu de 0,495, em 2013, para 0,490 – era de 0,545 em 2004. Para esse indicador, quanto mais próximo de zero, menor a desigualdade. O índice varia, em 2014, de 0,442 (região Sul) a 0,501 (Nordeste).

O número de desempregados foi estimado em 7,254 milhões, crescimento de 9,3% em relação ao ano anterior. A maior alta, de 15,8%, foi na região Sudeste, onde o total foi calculado em 3,349 milhões. No Nordeste, a alta foi de 5,2%, para 2,189 milhões. O Sul concentra 655 mil desempregados (aumento de 3,5%), o Norte tem 608 mil (4,4%) e o Centro-Oeste, 453 mil (0,9%).

Dos 98,621 milhões de ocupados (crescimento de 2,9% no ano), 45,3% estavam no setor de serviços e 39,5% eram empregados com carteira assinada. O total de contribuintes para a Previdência aumentou para 61,7% do total. Dez anos antes, eram 47,4%.

O rendimento médio mensal dos ocupados subiu 0,8% no ano, para R$ 1,774. Houve aumento no Sudeste (2,5%), Sul (1,4%) e Norte (1,1%) e queda no Nordeste (-2,6%) e no Centro-Oeste (-2,1%). As mulheres (R$ 1.480) recebiam 74,5% do rendimento dos homens (R$ 1.987), ante 73,5% em 2013.

Os dados da pesquisa mostram distorções entre os grupos: os 10% de menor rendimento mensal tiveram alta de 4,1%, para R$ 256, enquanto os 10% de maior rendimento registraram queda de 0,4%, para R$ 7.154. As pessoas com menor rendimento receberam 3,6% do valor obtido pelas que têm renda mais alta. Essa relação era ainda menor em 2013 (3,4%).

Fonte: RBA