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Pesquisa comprova que, à medida que os anos passam, as pessoas precisam de menos horas de sono

20100317230830746538aObesidade, aumento da pressão sanguínea, fadiga, alteração do humor, problemas de memória. É grande o rol de malefícios associados à falta de uma longa noite de sono. Chega a dar medo acordar antes do horário programado no despertador. Dormir menos do que o considerado “normal”, porém, não é um distúrbio do sono, mas uma consequência natural do envelhecimento. Quem garante é o pesquisador Derk-Jan Dijik, diretor do Centro de Pesquisas do Sono da Inglaterra. Em um estudo publicado recentemente no periódico especializado Sleep, o professor da Universidade de Surrey, na Inglaterra, mostrou que, à medida que os anos passam, são necessárias menos horas de sono para o bom funcionamento do organismo.

Nos Estados Unidos e na Inglaterra, 33% dos indivíduos com mais de 65 anos são medicados com soníferos, e pesquisas recentes têm mostrado que, nessa faixa etária, os efeitos adversos das substâncias presentes nos comprimidos são maiores que os benefícios adquiridos. Preocupado com o excesso de remédios prescritos aos idosos, Dijik, um especialista na fisiologia do sono, resolveu investigar a média de tempo que pessoas saudáveis passam na cama, de acordo com a idade.

Os resultados mostram que as oito horas de sono – tidas como ideais – tendem a diminuir com o envelhecimento. Dijik e sua equipe analisaram 110 voluntários saudáveis, sem queixas de insônia, divididos em três grupos: adultos jovens, pessoas de meia idade e idosos. Enquanto as pessoas entre 20 e 30 anos dormiram, em média, por 435,5 minutos, as de 40 a 55 ficaram adormecidas por 409,9 minutos. Já na faixa dos 66 a 83 anos, a média de sono foi de 390,4 minutos. Portanto, enquanto os mais jovens dormem 7h23 horas por noite, os mais velhos necessitam apenas de 6h51 de repouso. Mesmo assim, os idosos que participaram do estudo não se queixavam de se sentirem sonolentos ao longo do dia.

Fonte: Correio Braziliense