A aliança Mesa da Unidade Democrática (MUD) convocou em Caracas as pessoas cujas assinaturas foram excluídas em uma análise feita pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), entre elas o líder opositor e um dos impulsores do referendo, Henrique Capriles.
“Eu assumo a responsabilidade da assinatura das pessoas porque sabemos que o povo assinou, porque são estes bandidos que pretendem excluir muitos venezuelanos. O povo assinou impecavelmente”, comentou Capriles.
O CNE anunciou na sexta-feira que 1.352.052 assinaturas das mais de 1,8 milhão coletadas pela MUD para ser creditada como organização política que propõe o referendo passarão à fase em que cada pessoa deverá validar seu registro com a impressão digital.
O poder eleitoral indicou que 605.727 assinaturas “não cumpriram com os critérios requeridos”, entre elas 10.995 que correspondiam a pessoas mortas, 9.333 inabilitados políticos e 1.335 com sentenças judiciais, entre outras. O chavismo anunciou ontem que recorrerá à Suprema Corte de Justiça por “todo o ato”.
O líder opositor se perguntou “qual foi o critério” para a exclusão de sua assinatura, assim como as de vários deputados opositores, como Delsa Solórzano, Freddy Guevara e o primeiro vice-presidente da Assembleia Nacional (AN, parlamento), Enrique Márquez.
“O revogatório é o bem que quer se impor sobre o mal. Maduro vai ser destituído neste ano e ponto. Aqui a fraude se chama Nicolás Maduro Moros”, afirmou o também governador do estado Miranda.
Capriles convocou na quinta-feira uma “mobilização” com todos “os excluídos”, na qual serão passadas “tarefas” a serem cumpridas a partir de 20 de junho, quando será aberto o período de validação de assinaturas.
Fonte: Agência EFE