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Operadora Oi demite 1.070 funcionários e vê gastos serem reduzidos em 20%

Uma das maiores operadoras de telecomunicações no Brasil anunciou, nesta quarta-feira (1º), a demissão sumária de 1.070 funcionários, o equivalente a 6% do quadro direto de empregados. O corte de pessoal, segundo a empresa, é mais uma etapa do plano de reorganização financeira iniciado no quarto trimestre de 2014 para otimizar a estrutura. A operadora informou que as demissões afetaram todos os níveis da companhia e se somam ao corte de cerca de 150 diretores e gerentes no último mês de outubro.

De acordo com o presidente da Oi, Bayard Gontijo, a medida é parte do ajuste no quadro de pessoal para fortalecer a saúde financeira da empresa, que possui, atualmente, uma dívida considerável e tenta se reerguer da fracassada fusão com a Portugal Telecom. Em comunicado, a companhia informou que os desligamentos e o bloqueio de número não informado de vagas abertas, “o grupo de telecomunicações reduzirá em ao redor de 20% suas despesas relacionadas à estrutura de pessoal”.

O documento destaca que “o ano de 2015 é desafiador em todo o contexto macroeconômico do país e também no setor de telecomunicações”. A empresa diz, ainda, que, “considerando este cenário e os próprios desafios da companhia, a Oi desenvolveu um plano orçamentário para 2015 para assegurar ganhos de produtividade e de rentabilidade”. Os encargos com as demissões serão contabilizados no resultado da Oi do segundo trimestre. A companhia também pontuou que “mesmo com a redução do quadro funcional, continua sendo um dos maiores empregadores do Brasil, gerando cerca de 177 mil empregos diretos e indiretos em todo o território nacional”.

Os rumores das possíveis demissões na companhia começaram a surgir nas últimas semanas, quando sindicatos de trabalhadores de telecomunicações buscaram agendar audiência com representantes da Oi. O presidente da Federação Nacional dos Trabalhadores de Empresas de Telecomunicações (Fenattel), Almir Munhoz, informou, inclusive, que havia sido comunicado pela Oi que o estado mais afetado pelas demissões será o Rio de Janeiro, onde está a sede do grupo.

A Fenattel demandou benefícios aos demitidos, tais como convênio médico e um salário por ano trabalhado, com o objetivo de minimizar o impacto pelas perdas diretas com os desligamentos. Na última sexta-feira (27),  o presidente da Oi disse em teleconferência com analistas que concentrará esforços para reduzir custos e na gerar caixa neste ano, após a companhia ter registrado um prejuízo de R$ 4,4 bilhões em 2014.

Fonte: Diario de Pernambuco