Em nota divulgada pelo ministério, Ortolan nega as denúncias e diz não ser conivente com irregularidades e desvios de recursos no ministério.
“Não participei e nem compactuo com ilegalidades. Tenho 40 anos de serviço público. Jamais fui acusado de conduta irregular”, diz a nota de Ortolan.
Ele pede ainda que sejam feitas investigações “em todos os níveis considerados necessários”.
“Coloco-me à disposição das autoridades competentes para prestar quaisquer esclarecimentos. Tenho a consciência tranquila e provarei minha inocência”, diz a nota.
A assessoria do Ministério da Agricultura já havia divulgado nota assinada pelo ministro Wagner Rossi em que ele repudiava as informações da reportagem, negando qualquer relação com Fróes.
De acordo com a revista, Fróes fazia lobby com o conhecimento e o aval do ministro Rossi e teria inclusive uma sala na sede do ministério.
Segundo a reportagem, Fróes seria responsável por intermediar negócios e cuidar de processos de licitação, redação de editais e escolha de empresas prestadoras de serviços à pasta.
A revista diz também que Ortolan apresentou Fróes a funcionários do ministério como homem de confiança do ministro Rossi.
Crise
A reportagem deixa mais delicada a posição de Rossi à frente do Ministério da Agricultura.
Na última semana, o ex-diretor-financeiro da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), Oscar Jucá Neto, foi exonerado do cargo, sob suspeita de corrupção.
Irmão do senador e líder do governo no Senado, Romero Jucá, o ex-diretor-financeiro denunciou dois supostos esquemas de corrupção no ministério.
As denúncias vêm à tona após a queda do ministro dos Tranportes, Alfredo Nascimento, em um escândalo de que derrubou toda a cúpula do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes).
A presidente Dilma Rousseff substituiu toda a diretoria, indicações políticas do PR (Partido da República), por quadros técnicos.
Nesta semana também caiu o ministro da Defesa, Nelson Jobim, após declarações críticas ao governo dadas à imprensa.
Fonte: BBC Brasil