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Número de mortos em naufrágio de balsa sobe para 104

O número oficial de mortos no naufrágio de uma barca na Coreia do Sul subiu para 104 nesta terça-feira, depois que mergulhadores recuperaram mais dezessete corpos do interior da embarcação. A melhora nas condições do tempo e do mar, com ondas mais suaves e menos correnteza, tem ajudado no trabalho de recuperação dos corpos. A balsa Sewol afundou na última quarta-feira com mais de 470 pessoas a bordo, a grande maioria estudantes de ensino médio. Ainda há 198 pessoas desaparecidas.

A maioria dos corpos encontrados até agora estavam no terceiro e no quarto pavimento da embarcação e na cobertura. Mergulhadores continuam tentando acessar o refeitório do navio, onde esperam encontrar mais vítimas. No momento, os trabalhos dos serviços de resgate se concentram na recuperação e identificação dos corpos. Após seis dias do naufrágio, as chances de encontrar sobreviventes são mínimas.

Identificação – Depois que os corpos são retirados da água, policiais e médicos procuram por formas de identificação e tomam notas sobre aparência e roupas das vítimas. Os corpos têm sido identificados visualmente, mas familiares também têm providenciado amostras de DNA para auxiliar no processo. A causa do desastre ainda não é conhecida, mas procuradores disseram que o navio fez uma forte curva antes de começar a se inclinar. O capitão afirmou que não estava na cabine neste momento. Especialistas acreditam que o movimento brusco pode ter deslocado a carga e desequilibrado a embarcação.

A presidente da Coreia do Sul, Park Geun-hye, disse nesta segunda-feira que o capitão e alguns membros da tripulação tiveram um “comportamento imperdoável, assassino”. Inicialmente, o capitão Lee Joon-Seok disse aos passageiros que eles deveriam permanecer em seus quartos e esperou mais de meia hora para emitir um alerta de retirada. Quando a balsa começou a afundar, era muito tarde, já que os passageiros não conseguiam avançar pelos corredores inclinados, ao mesmo tempo em que a água dominava a embarcação. O capitão e outros dois membros da tripulação estão presos.

Fonte: VEJA