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Nosso maior desafio é o fiscal, diz novo ministro da Fazenda

O novo ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, afirmou nesta sexta-feira (18), em discurso no Palácio do Planalto, que o maior desafio da economia brasileira é o fiscal (as contas do governo). Barbosa foi anunciado nesta sexta como substituto de Joaquim Levy no comando da pasta. A posse acontece na segunda-feira (22).

“Hoje nosso maior desafio é o desafio fiscal, cuja solução depende somente do governo brasileiro”, disse o ministro, em sua primeira fala depois de ser anunciado no cargo. “Somente com a estabilidade fiscal vamos ter um crescimento sustentável”, afirmou.

Barbosa apontou que o foco da política econômica do governo continuará sendo a de promover o ajuste fiscal.

“O foco da política econômica continua sendo promover o ajuste fiscal”, disse Barbosa. Junto com a estabilidade fiscal, ele disse que estará no foco do governo, num primeiro momento, a estabilidade e, depois, a “recuperação” dos investimentos no país.

Barbosa ressaltou que o governo tem “compromisso” com “a estabilidade e o reequilíbrio fiscal. E disse que vai trabalhar para “melhorar o ambiente de negócios” e, assim, acelerar a retomada do crescimento econômico. “O compromisso com a estabilidade fiscal se mantém o mesmo”, afirmou.

“Se cada um fizer a sua parte, e nós do governo estamos fazendo a nossa parte, vamos conseguir superar os desafios muito mais rapidamente do que as pessoas esperam”, disse Barbosa. “Estamos numa fase de ajustes e construção das bases de um novo ciclo de crescimento”, disse ele.

Questionado sobre se a substituição do ministro Joaquim Levy significa a retomada da chamada “nova matriz econômica”, Barbosa respondeu que prefere não fazer o debate sobre política macroeconômica com base em rótulos.

“Sobre a questão de rótulo, de nova matriz, velha matriz, eu prefiro não encaixar ou ter o debate sobre política macroeconômica com base em rótulos, estereótipos ou caricaturas. Eu acho que interpretações do passado são importantes, é importante aprender com erros e acertos do passado. Mas nós do governo estamos no governo para resolver problemas, não para aprovar teses ou refutar teses. Nossa obrigação é resolver problemas do presente para construir um futuro melhor”, disse.

Meta de superávit
Sobre a meta de superávit (economia para pagamento dos juros da dívida) para 2016, Barbosa disse que é “uma questão fechada.”

“Pra mim, essa é uma questão fechada, decidida. A meta é de 0,5% do PIB, R$ 24 bilhões para a União, e vamos tomar todas as medidas necessárias para atingir essa meta. Vamos perseguir essa meta”, disse Barbosa.

Inicialmente, havia uma proposta de meta de superávit de 0,7% do PIB, cerca de R$ 34 bilhões. Ela era defendida pelo agora ex-ministro da Fazenda, Joaquim Levy. Mas depois que o relator do Orçamento no Congresso, deputado Ricardo Barros (PP-PR), propôs um corte de R$ 10 bilhões no Bolsa Família para cumpri-la, o governo enviou uma nova proposta de meta, de 0,5% do PIB (R$ 24 bilhões), apoiada pela presidente Dilma Rousseff e pelo então ministro do Planejamento, Nelson Barbosa.

Fonte: G1