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‘Não foi um bom negócio’, diz Graça Foster sobre compra de refinaria

A presidente da Petrobras, Graça Foster, afirmou nesta terça-feira (15) em audiência no Senado que a aquisição da refinaria de Pasadena, no Texas (EUA), “não foi um bom negócio” para a estatal. No total, a refinaria custou US$ 1,25 bilhão e, ainda segundo Graça Foster, o negócio resultou num prejuízo à Petrobras de US$ 530 milhões.

“Hoje, olhando aqueles dados, não foi um bom negócio, não pode ser um bom negócio. Quando você tem de tirar do seu resultado, não há como reconhecer que tenha feito um bom negócio. Isso é inquestionável do ponto de vista contábil”, disse a presidente da Petrobras aos senadores. Ela frisou, no entanto, que, na época, a aquisição foi aprovada por unanimidade e estava dentro da diretriz da estatal de expandir o refino de óleo no exterior.

A avaliação contraria a do ex-presidente da empresa Sérgio Gabrielli, que, no último dia 8, em reunião com deputados do PT, classificou a aquisição como “bom negócio”, e coincide com explicações dadas pela presidente Dilma Rousseff para justificar o fato de ter aprovado a compra da refinaria em 2006, quando presidia o Conselho de Administração da Petrobras.

Na ocasião, nota divulgada pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência afirmou que a compra foi realizada com base em documento “técnica e juridicamente falho” porque omitia duas cláusulas que, “se conhecidas, seguramente não seriam aprovadas pelo Conselho”.

Durante a apresentação, a executiva contestou a informação de que a mesma refinaria havia sido comprada em sua totalidade pela empresa belga Astra Oil por US$ 42,5 milhões em 2005. Segundo Graça Foster, o valor pago à antiga proprietária, Crown, foi de, “no mínimo”, US$ 360 milhões, levando em conta estoques remanescentes, contatos de clientes e informações detidas pela refinaria.

Fonte: G1