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Mulher ofereceu carro a criminosos como pagamento pelo assassinato de amante em MT, diz polícia

Uma mulher de 34 anos, suspeita de mandar matar o amante e o marido dela, em um intervalo de pouco mais de um ano, em Sinop, a 503 km de Cuiabá, ofereceu a dois suspeitos da execução do amante, Adriano Gino, de 29 anos, um carro como pagamento pelo assassinato, mas não o entregou segundo a Polícia Civil. À polícia, os suspeitos da execução dizem que levaram “calote”.

Cléia Rosa dos Santos foi presa nesse sábado (24) e confessou os crimes. Os dois suspeitos da execução também confessaram ter matado a vítima depois de terem sido contratados pela mulher.

José Graciliano dos Santos, de 30 anos, e Adriano dos Santos, de 20 anos, também indicaram à polícia o local onde tinham enterrado o corpo de Adriano, que foi assassinado com golpes de enxada, em dezembro de 2017.

O veículo oferecido em troca do assassinato foi apreendido pela polícia, na casa de Cléia. Na casa de José Graciliano, a polícia também encontrou um revólver.

Com base nas informações passadas pelos suspeitos da execução, a polícia encontrou em uma cova rasa o corpo de Adriano Gino, além da motocicleta dele, que tinha sido queimada e enterrada.

Ele estava desaparecido desde o dia 15 de dezembro de 2017 e era considerado desaparecido, desde que a mãe registrou um boletim de ocorrência, uma semana depois do crime.

Morte do marido

Já o marido de Cléia, Jandirlei Alves Bueno, de 39 anos, foi assassinado em outubro de 2016, de acordo com a polícia. De acordo com a polícia, o crime foi cometido por Adriano a pedido da mulher, de quem era amante. Os dois simularam um latrocínio – roubo seguido de morte – para tentar despistar a polícia.

Jandirlei levou duas facadas no abdômen, foi hospitalizado e morreu dois meses depois.
Conforme a polícia, Cléia queria se separar do marido para ficar com o amante.

Como parte do plano, ela simulou que estava em estado de choque e não soube passar detalhes do que tinha acontecido no dia do suposto assalto à residência do casal. Não informou, por exemplo, as características dos suspeitos.

“Os dois crimes foram motivados por brigas fúteis entre amante e marido. Em relação a morte do marido, ela se mostrou um pouco arrependia. Já o outro crime disse que faria novamente”, disse o delegado Ugo Ângelo Reck de Mendonça, que investiga as mortes.

À polícia, a mulher disse que o amante mudou o comportamento depois que passou a morar com ela e começou a ameaçá-la caso se separasse dele.

Os três presos vão responder por homicídio qualificado, destruição, subtração e ocultação de cadáver, segundo a Polícia Civil.

Fonte: G1