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Mulher mente para polícia a fim de abandonar a filha de apenas 5 meses

abandonoUma jovem de 20 anos mentiu para a polícia a fim de abandonar a filha de apenas 5 meses. A mulher, que trabalha como babá, foi até a Delegacia da Várzea afirmando que uma mulher tinha abandonado a bebê no Terminal Integrado da Caxangá, Zona Oeste do Recife. No distrito policial, a jovem foi orientada a procurar a Gerência de Polícia da Criança e do Adolescente (GPCA).

Durante depoimento na GPCA, a babá começou a entrar em contradição e acabou revelando que foi obrigada pelo pai da criança a deixá-la com a polícia, pois ele não tinha condições de criá-la. “A jovem não conseguia descrever a mulher que teria abandonado a criança e eu comecei a desconfiar do que ela estava falando. Foi quando ela começou a chorar e contou a verdade”, relatou o delegado plantonista da GPCA Antônio Campos.

Por volta das 13h de ontem, a jovem telefonou para a Polícia Militar afirmando que uma mulher tinha pedido para ela segurar a criança enquanto ia no banheiro. Como a viatura da PM não chegou, a babá decidiu ir até uma delegacia. “Foi um momento de fraqueza. O pai da minha filha não queria assumir a paternidade e pediu que eu fizesse isso. Ele me falou que só ficaria comigo se eu abandonasse a nossa bebê com alguém”, contou a jovem.

A mãe, que tem outra filha de 3 anos, afirmou ter se arrependido da atitude e pretende criar a bebê sozinha. “O pai dela pode não querer criá-la, mas vai ter que me ajudar a sustentá-la”, disse. A avó da criança também esteve na GPCA e contou ter ficado surpresa com a atitude da filha. “Eu e o avô da bebê sempre ajudamos em tudo. A menina ainda não morreu de fome, pois nos sacrificamos para criar nossos filhos e netos. Espero que minha filha tenha consciência do que ela fez. Esse fato será um trauma eterno para a nossa família.”

A jovem foi autuada e vai responder a um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) por falsidade de identidade, pois apresentou um nome falso na delegacia. A bebê ficará sob os cuidados da mãe e da avó. O Conselho Tutelar do Recife vai acompanhar a família a partir da próxima semana. As identidades dos personagens envolvidos na história não são reveladas em respeito à determinação do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

Fonte: Diario de Pernambuco