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Moradores hostilizam Cabral e Paes com cartazes após inundação no Rio

Moradores hostilizaram com cartazes o governador Sergio Cabral, em Campo Grande, na Zona Oeste, onde o rompimento de uma adutora da Cedae provocou a morte de uma criança e feriu outras 13 pessoas.

Na tentativa de evitar o contato de moradores revoltosos com o governador, assessores levaram Cabral e Paes direto para a escola que serve de ponto de abrigo, onde os dois deram entrevista à imprensa. Na saída do colégio, a população pediu que Cabral e Paes abrissem os vidros da van, para que ouvissem as reclamações. No entanto, os dois não atenderam ao pedido.

O gari Caíque de Nascimento, de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, foi até Campo Frande para prestar solidariedade aos moradores. “Toda vez que eu ligo a TV só tem tragédia. Já tá na hora disso acabar. Achei que com a bênção do Papa isso iria melhorar, estamos cansados de tantas mortes, feridos e destruição”, disse.

Pai chora morte de filha
Muito abalado e chorando, Fernando dos Santos, pai da menina Isabela Severo dos Santos, de 3 anos, que morreu no alagamento provocado pelo rompimento de uma adutora no bairro de Campo Grande, na Zona Oeste do Rio, disse que ficou sabendo do ocorrido pela televisão.

“Eu vi o que tinha acontecido pela televisão. Quando eu e meu irmão fomos ver, soubemos que ela [Isabela] tinha ficado presa. Eles [bombeiros] tentaram reanimá-la o tempo todo, mas ela não aguentou. Minha filha ia fazer 4 anos no dia 17 de agosto. Ela era uma criança maravilhosa”, desabafou o auxiliar de farmácia, que acrescentou ainda que os vizinhos tentaram resgatar a menina.

Fonte: G1