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Ministro do Trabalho aposta na qualificação para manutenção do emprego

Ao divulgar os dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), o ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, destacou a importância da qualificação profissional oferecida pelo Sistema Fiems, por meio do Sesi, Senai e IEL, para a manutenção do emprego e alavancar a geração de novos postos de trabalho. “O desafio não é só manter os empregos, mas também como melhorá-los. Por isso, temos de investir agora, como prioridade, na qualificação profissional, na melhoria da qualidade do emprego”, declarou em entrevista coletiva realizada na sede da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego, em Campo Grande (MS).

Manoel Dias criticou ainda a campanha exagerada de pessimismo com relação ao momento em que o País está passando. “Precisamos ressaltar o que estamos realizando de bom, investindo muito na qualificação para criar competitividade”, afirmou, citando que, nos últimos meses, o setor da indústria é um dos que mais vem demitindo e por isso precisa urgentemente de políticas que busquem sua modernização e inovação para poder competir.

Nesse sentido, ele anunciou que, na próxima semana, será instaurado um comitê interministerial, composto pelo MTE, MDIC e Ministério da Fazenda, para iniciar um processo de discussão da modernização do parque industrial brasileiro. “Vamos discutir a desburocratização dos entraves e a modernização, além da NR 12, que é uma das reclamações recorrentes do setor industrial”, apontou.

Caged – Pelos dados do Caged, o País voltou a perder vagas de empregos formais no mês de maio e teve uma redução de 115.599 postos de trabalho. Esse é o pior resultado para meses de maio desde o início da série histórica do indicador, em 1992. No acumulado do ano, a queda registrada no emprego atingiu o montante de 243.948 postos de trabalho, ou seja,0,59% e, nos últimos 12 meses, ocorreu a redução de 452.835 empregos.

Os setores que registraram as maiores perdas foram da indústria da transformação, com baixa de 60.989 postos, o setor de serviços com queda de 32.602 empregos e o setor da construção civil com menos 29.795 postos. O desempenho do setor da indústria da transformação originou-se da queda de todos os ramos com destaque para a indústria de produtos alimentícios (-8.604 postos), indústria mecânica (-8.373 postos), indústria metalúrgica (-7.861 postos) e indústria de material de transporte (-7.715 postos).

Fonte: IG