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Mesmo com processo, deputado pernambucano continua defendo a “cura gay”

O deputado federal pernambucano, o pastor Eurico (PSB), não quer largar de sua maior bandeira política: o polêmico projeto da “cura gay”, mesmo que isso signifique sua cassação ou desfiliação partidária.

Na próxima segunda-feira (9), o relator do caso contra o parlamentar no Conselho de Ética do PSB, Alexandre Navarro, irá notificar formalmente o pastor sobre a abertura de um processo estabelecendo o prazo de 10 dias para sua defesa.

O pernambucano é alvo de questionamento do próprio partido. Setores do PSB, partido que tem como pré-candidato à Presidência da República o ex-governador Eduardo Campos, questionam a iniciativa do pastor Eurico em reapresentar o polêmico projeto da “cura gay”.

Uma das alternativas para evitar um pedido formal de cassação de mandato ou mesmo a desfiliação do partido, Eurico deveria pedir o rearquivamento do projeto, mas isso não irá acontecer. Ao Poder Online (iG), o político evangélico disse que não muda suas “convicções”.

“Sou igual ao Eduardo Campos, não mudo minhas convicções. Meus princípios cristãos são inegociáveis”, afirmou o deputado, que ainda fez referência às recentes declarações de Campos contra a legalização do aborto. “Sou socialista. Sou da paz. Não fiz nada fora da lei e assim como respeito o partido, o partido também tem de respeitar o direito ao contraditório.”

“Nem sei fazer a conta de quantos amigos gays eu tenho e respeito. Esse projeto não defende nenhuma cura gay, defende o direito de os profissionais exercerem seu trabalho e de qualquer pessoa buscar ajuda.”

O projeto da “cura gay” ganhou força quando o pastor e deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP) presidiu a Comissão de Direitos Humanos da Câmara Federal no ano passado. Apesar de não ter sido encaminhado à votação, teve o parecer favorável do relator: o deputado federal de Pernambuco Anderson Ferreira (PR).

O projeto de lei destinado aos homossexuais sugere sustar os efeitos da Resolução nº 1, de 22 de março de 1999, do Conselho Federal de Psicologia (CFP), que proíbe tratamentos para curar a homossexualidade.

Fonte: Diario de Pernambuco