Manifestantes ocuparam o plenário da Câmara de Vereadores do Rio nesta sexta-feira de manhã e, até o fechamento desta edição, continuavam no prédio. Eles protestavam contra a escolha do vereador Chiquinho Brazão (PMDB) para ser presidente da CPI dos Ônibus, instalada horas antes. A sessão foi encerrada pouco antes das 10h. Revoltadas, cerca de cem pessoas forçaram a entrada e se dirigiram ao gabinete do presidente da Câmara, Jorge Felippe (PMDB), aos gritos de “Brazão ladrão”. A sala do parlamentar foi pichada.
Um grupo de parlamentares, entre eles Felippe, Brazão e o relator da CPI, Professor Uóston, todos do PMDB, chegou a ficar mais de duas horas sitiado dentro da sala do presidente, mas conseguiu driblar os manifestantes saindo por um acesso interno pouco usado pelo legislativo, que dá acesso a outro andar da Casa.
Policiais do Batalhão de Choque entraram no gabinete, mas o único que conseguiu sair escoltado com pelo menos quatro seguranças foi o vereador Jorginho da S.O.S., do PMDB, que também integra a CPI. Jorginho foi xingado pelos manifestantes.
À noite, pelo menos 200 pessoas continuavam no plenário da Casa. Eles insistiam na saída dos vereadores governistas da CPI. Após negociações com o coronel da Polícia Militar Mauro Andrade, foi liberada a entrada de água e o uso de um dos banheiros da Casa. Também foi restabelecida parte do fornecimento de energia do plenário.
Fonte: Diário SP