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Justiça comum liberta policial que matou turista espanhola

A Justiça concedeu nessa terça-feira (24) liberdade provisória ao policial que efetuou o disparo que matou uma turista espanhola na comunidade da Rocinha, na zona sul do Rio de janeiro, mas o oficial continua detido, sob a acusação de ter cometido um crime militar.

O tenente da Polícia Militar (PM) Davi dos Santos Ribeiro, acusado de homicídio doloso qualificado na Justiça comum, foi libertado provisoriamente ontem à tarde por ordem do juiz Juarez Costa de Andrade, que considerou em sua decisão que apesar do “trágico evento” que chocou o mundo, o policial “possui imaculada ficha funcional, não havendo indícios de que solto possa reiterar o comportamento criminoso ocorrido à luz do dia”.

No entanto, o tenente continuará detido preventivamente em um batalhão da Polícia, acusado de disparo de arma de fogo em via pública, o que é considerado um crime militar, informou à AFP uma fonte da PM.

O tenente foi preso em flagrante na segunda-feira, junto com outro soldado da PM, supostamente envolvido nos fatos.

O caso ocorreu na manhã da segunda-feira, quando a turista espanhola Maria Esperanza Jiménez Ruiz, de 67 anos, foi baleada e morta enquanto fazia, junto com dois familiares, um tour pela Rocinha, a maior favela da cidade, situada em São Conrado (zona sul).

Segundo as primeiras investigações, o veículo que transportava o grupo de turistas furou o bloqueio policial em uma estrada da comunidade, que vive sob fogo cruzado há semanas devido a confrontos entre bandos de traficantes rivais e onde uma hora antes foi registrado um tiroteio entre forças de segurança e supostos criminosos.

O carro foi alvejado por disparos de fuzil efetuados pela Polícia Militar. Duas balas entraram pelo vidro traseiro e uma delas feriu no pescoço a espanhola, que chegou a ser socorrida com vida e levada ao hospital Miguel Couto, no Leblon, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.

Fonte: AFP