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Justiça avalia pedido de proteção à testemunha da Lava Jato

A Mesa Diretora da Câmara encaminhou para o Ministério da Justiça o pedido do DEM de proteção à ex-gerente da Petrobras Venina Velosa de Fonseca pela Polícia Federal. O ofício era destinado ao presidente da Casa, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), que analisaria o requerimento até a próxima semana. De acordo com reportagem do jornal Valor Econômico, ela sofreu retaliações profissionais e até foi ameaçada de morte após fazer diversos alertas sobre irregularidades em contratos na petrolífera. 

Segundo a matéria do Valor, a funcionária, que chegou ao cargo de gerente-executiva da Diretoria de Abastecimento, alertou para irregularidades em contratos de comunicação e em aditivos da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, cuja obra já consumiu US$ 18 bilhões, ao invés dos US$ 4 bilhões iniciais. Documentos obtidos pelo jornal mostram que os problemas foram relatados para a presidente da estatal, Graça Foster, e para José Carlos Cosenza, que substituiu Paulo Roberto Costa na Diretoria de Abastecimento da estatal.

Em uma das mensagens dirigidas a Graça Foster, ela relatou à presidente que foi ameaçada e assediada após abordar as irregularidades nas duas áreas. “Ao lutar contra isso, fui ameaçada e assediada. Até arma na minha cabeça e ameaça as minhas filhas eu tive”, escreveu a geóloga. Antes de Graça assumir a presidência, ela relatou os casos ao então comandante da estatal, José Sérgio Gabrielli. De acordo com Venina, suas denúncias resultaram também em destituição do cargo que ocupava na Petrobras e depois em transferência para Cingapura.

“Em face da contundência dos fatos, solicitamos a Vossa Excelência que envide todos os esforços necessários – em nome da Câmara dos Deputados – junto ao Sr. Ministro de Estado da Justiça, com vistas a que sejam adotadas as providências cabíveis para assegurar a proteção desta cidadã e sua família, vez que ela – de forma corajosa e antes mesmo da Operação Lava Jato da Polícia Federal se tornar pública – já havia se posicionado no sentido de denunciar os graves casos de corrupção instalados na Petrobras”, afirmou o líder da minoria no Congresso, Ronaldo Caiado (DEM-GO), no ofício.

Fonte: Terra