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Jungmann fala em “golpear o crime” no Rio, mas diz que não haverá milagre

O ministro da Defesa, Raul Jungmann, disse ontem (27) que as ações do Plano Nacional de Segurança no Rio de Janeiro serão focadas em três pilares: integração, inteligência e surpresa. Ele afirmou que será feito um “trabalho duro” envolvendo diversos órgãos para amenizar o quadro de insegurança e pediu o apoio da sociedade, mas destacou que não se deve esperar por “milagres”.

Na avaliação do ministro, apesar de o problema da segurança não ser uma exclusividade do Rio de Janeiro, a situação é mais grave no estado. “Não esperem milagres e nem resultados imediatos. Eles virão com um trabalho duro, muitas vezes de formiguinha, às vezes de grande impacto. Não esperem porque, para chegarmos nesta situação que estamos hoje, demorou décadas e isso não vai mudar do dia para a noite”, disse o ministro pouco antes de reunião do Estado-Maior Conjunto, que incluiu integrantes das forças de segurança estado do Rio, na sede do Comando Militar do Leste.

O ministro aproveitou para pedir apoio da sociedade ao plano. Ele alertou para possíveis reações das facções criminosas, que serão atingidas com a identificação, obstrução e destruição das rotas e da localização dos arsenais do tráfico.

“É preciso ter em conta que dado o avanço e o ponto em que chegou a criminalidade do Rio de Janeiro, sim, vamos ter reações. É muito importante que a sociedade entenda que é preciso enfrentá-los”, indicou.

Ele disse esperar que a participação da sociedade se dê também em nível político. “Que os representantes políticos do Rio de Janeiro relevem os seus projetos pessoais e até a sua indiferença, mas assegurem o combate o crime”.

Fonte: Agência Brasil