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Juiz Sérgio Moro manda soltar três presos na 14ª fase da Lava Jato

size_810_16_9_FRP_Juiz-Sergio-MoroO juiz Sérgio Moro decidiu manter na cadeia um ex-diretor da Odebrecht por pelo menos mais um dia. Ele é acusado por Paulo Roberto Costa de participar de uma reunião para combinar pagamento de propina.

Paulo Roberto Costa foi ouvido nesta terça-feira (23) de manhã pela Polícia Federal por mais de três horas. Ele deu detalhes de uma reunião em São Paulo. Paulo Roberto não disse quando a reunião ocorreu. Segundo ele, o ex-deputado do Partido Progressista José Janene, que morreu em 2010, e Alexandrino Ramos de Alencar, então executivo da Braskem, discutiram claramente sobre o pagamento de vantagens ilícitas em troca de contratos da Braskem com a Petrobras.

Na reunião, de acordo com Paulo Roberto, ficou acertado o pagamento do que ele chamou de contraprestação financeira no valor de US$ 3 milhões a US$ 5 milhões por ano entre 2006 e 2012.

A Polícia Federal acredita que isso que Paulo Roberto chama de contraprestação financeira é na verdade propina que o ex-diretor da Petrobras recebeu da Braskem e repassou a José Janene.

Alexandrino Sales foi preso na sexta-feira (19) na última fase da Lava Jato. Na segunda-feira (22), em depoimento, ele admitiu que conheceu Paulo Roberto Costa por intermédio do então deputado José Janene, e que participou de dois ou três encontros com os dois, mas deu uma versão diferente para as reuniões. Ele negou qualquer pagamento de vantagens ilícitas e disse que procurou Janene porque, na época, o deputado era presidente da Comissão de Minas e Energia da Câmara Federal, e queria simplesmente sensibilizá-lo sobre a importância do setor.

Nos últimos anos, Alexandrino Ramos de Alencar era diretor da Odebrecht. Segundo seu advogado, pediu demissão na segunda-feira (22) para poder se dedicar à sua defesa.

Nesta terça-feira o juiz Sérgio Moro decidiu prorrogar a prisão dele por, pelo menos, mais um dia. Outros três presos ligados à 14ª fase da Operação Lava Jato deixaram a carceragem da Polícia Federal.

A Braskem negou pagamento de propina e declarou que todos os contratos com a Petrobras seguem preceitos legais e foram aprovados de forma transparente. Nesta terça-feira (23), a defesa de Alexandrino de Alencar voltou a negar as acusações de Paulo Roberto Costa.

Fonte: Jornal Nacional