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Hackers invadem site da PM e divulgam dados de 50.0000 policiais

A ação de hackers no Rio de Janeiro expôs, no fim de semana, os dados privados de cerca de 50 mil policiais militares. Após a invasão do sistema da Polícia Militar, o site da corporação foi tirado do ar, mas os arquivos – com informações de nome, telefone, CPF e dados internos da polícia – já havia sido distribuídos em um documento de texto, disponibilizado pelo Facebook. A Delegacia Contra Crimes de Informática (DRCI) investiga o caso, cuja autoria foi atribuída a hackers autodenominados “Anoncyber & Cyb3rgh0sts”.

O comandante-geral da corporação, José Luís Castro Menezes, está entre as vítimas da violação. Com as informações vazadas, estão em risco policiais que moram em áreas perigosas, como favelas ou bairros com presença de milicianos. Há também perigo de fraudes de crédito.

A mulher de um dos policiais que teve os dados revelados, grávida, recebeu um trote telefônico na manhã do último domingo. De acordo com um policial que pede para ter o nome preservado, os autores da ‘brincadeira’ diziam que o marido dela tinha sido morto por bandidos. A mulher passou mal e precisou de atendimento médico.

Emergência – Para evitar que os policiais tenham problemas com os dados divulgados, o presidente da Associação de Oficiais da Polícia Militar, Fernando Belo, recomendou que todos os PMs do estado troquem senhas de emails e bancos. Se possível, recomenda Belo, os policiais devem também passar a adotar outras contas de emails.

A ação dos hackers é uma espécie de represália à aprovação, na Assembleia Legislativa do Rio, da lei que proíbe o uso de máscaras em manifestações. A partir de agora, a PM tem como dever impedir o uso de máscaras por manifestantes. Disfarces ou roupas que impeçam a identificação dos rostos dos manifestantes só serão tolerados em manifestações culturais, como o carnaval.

Fonte: VEJA