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Governo intensifica busca de votos na Câmara para aprovar Previdência

O governo intensificou a busca de votos na Câmara para aprovar a reforma da Previdência ainda em 2017, talvez na última semana antes do recesso.

Os líderes governistas disseram nesta quinta-feira (7) que o cenário para a votação da reforma melhorou, mas querem mais tempo para articular e que o governo deixe a votação para a última semana antes do recesso do Congresso, que começa no dia 23.

“O quadro melhorou um pouco, nós ainda não temos a garantia do número mínimo, mas eu acho que poderemos chegar, se não na semana que vem, entre os dias 18 e 20”, disse o deputado Arthur Lira (Progressistas-AL), líder do partido.

“Nós temos aí um período de 16 dias para trabalhar intensamente atrás dos votos. Nós não precisamos de muito voto, mas nós temos que entrar dentro do plenário com 315, 320 votos para poder aprovar a reforma”, afirmou o deputado Beto Mansur (PRB-SP), vice-líder do governo.

O presidente da Câmara voltou a se reunir com o presidente Michel Temer e também falou em trabalhar para votar a reforma até o último dia de trabalho.

“Nós temos que trabalhar com todas as datas possíveis. O que a gente não pode é deixar de trabalhar sobre um tema que vai impactar positivamente a vida de todos os brasileiros”, disse o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara.

Essa nova estratégia foi articulada depois da reunião da noite de quarta-feira (6) com Temer no Palácio da Alvorada. Nas tabelas, nas contas, o governo ainda não chegou perto do mínimo de 308 votos.

O líder do governo na Câmara, Aguinaldo Ribeiro, do Progressistas, passou esta quinta-feira (7) juntando, contando os votos favoráveis à reforma. Enquanto isso, o governo atuou em outra frente. O presidente Michel Temer se comprometeu a liberar R$ 250 milhões para a saúde em Minas Gerais e, desde a quarta-feira, o governo tem conseguido aprovar, na Câmara, projetos que atendem a várias bancadas, como o Funrural, que agrada aos ruralistas, e outro que incentiva as exportações e pode liberar até R$ 2 bilhões para estados e municípios.

O governo já fala até em devolver cargos para os deputados que votaram a favor do prosseguimento das denúncias contra o presidente Michel Temer.

O ministro do Planejamento negou um troca-troca entre a aprovação desses projetos e o apoio à reforma e disse que ela é fundamental para o país continuar crescendo.

“O crescimento econômico que nós estamos tendo e as expectativas positivas que todos os economistas e agentes de mercado têm para o ano que vem e os próximos anos está intimamente atrelada com a agenda de reformas”, disse o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira.

Fonte: Jornal Nacional