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Gonzaga pede que não seja feita reintegração de posse no Projeto Pontal

Em discurso na última terça-feira (05) na Câmara dos Deputados, o deputado federal Gonzaga Patriota (PSB-PE) fez um apelo ao Ministério da Integração Nacional e à Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), para que suspendam os mandados de reintegração de posse de uma área de 1.500 hectares no Projeto Pontal, em Petrolina. Foi dado prazo até 12 de setembro para que cerca de 900 famílias se retirem pacificamente do local, do contrário a Polícia Federal fará a remoção.

“A PF vai colocar esse povo na rua! Peço que não permitam tirar trabalhadores e trabalhadoras rurais e jogar fora a plantação, a macaxeira, o milho, o feijão. Temos 15 milhões de pessoas desempregadas no Brasil! Pelo menos que dê mais 6 meses a um ano para que possamos regularizar a situação dessas pessoas”, solicitou.

Segundo a presidente do Sindicato dos Agricultores Familiares (Sintraf), Isália Damascena, os moradores da localidade se reuniram com várias autoridades, lutando pela regularização dos agricultores no Pontal.

“Temos cerca de 100 crianças estudando no Pontal, além das famílias que tiram de lá seus sustentos. Ao invés de sentar e negociar, eles pedem mandado de reintegração de posse. Não existe apenas este local para protestar. Se nos tirarem daqui, ocuparemos outro lugar, mas de um jeito ou de outro vamos chegar a uma solução”, disse, durante protesto na 3ª Superintendência Regional da Codevasf.

Gonzaga acompanha a situação dos moradores do Pontal há vários anos. A convite do diretor-presidente da associação comunitária local, José Pedro Nunes, o parlamentar participou no dia 27 de agosto do encontro mensal dos descendentes de proprietários de terras adquiridas pela Codevasf para implantação do Projeto Pontal. Sem acordo entre as partes, a situação se arrasta há 10 anos.

Patriota afirma que é contra as Parcerias Público-Privadas (PPPs), porque as pessoas não receberam indenizações por seus terrenos. “Estamos lutando para que a Codevasf reconheça a posse das terras de cerca de 250 assentados, concedendo 2,5 hectares a cada um; bem como correndo atrás para que outros 700 trabalhadores possam ser assentados. Todos têm direitos, pois são descendentes das terras adquiridas pela Codevasf”, enfatiza.

Da redação do Blog Alvinho Patriota