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Falha em equipamento causou falta de energia, diz ministro

O ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, atribuiu os cortes de energia desta segunda-feira a um problema em um “banco de capacitores” da linha de transmissão Norte-Sul de Furnas, o que alterou a frequência da energia transmitida e provocou o desligamento de onze usinas. Dez Estados e o Distrito Federal foram afetados.

Segundo o ministro, houve no início da tarde um pico de demanda no Sudeste, o que gerou o problema na linha Norte-Sul. A alteração da frequência exigiu que, por razões de segurança, algumas usinas fossem desligadas. Braga afirmou, entretanto, que a causa exata da variação na frequência ainda precisa ser analisada.

“O problema na transmissão causou variação de frequência e acionou a proteção dessas usinas. Então o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) reduziu a carga para poder recompor a frequência do sistema e assim poder religar as usinas. Todas já foram religadas”, disse Braga ao deixar o ministério. Em nota divulgada nesta tarde, o ONS havia informado, sem dar maiores detalhes, que o problema fora causado por “restrições na transferência de energia” das regiões Norte e Nordeste para o Sudeste, aliadas à “elevação da demanda no horário de pico”.

“Há um problema de um banco de capacitores nessa linha Norte-Sul, só que nós queremos mais esclarecimentos. Nós queremos entender o porquê desse problema”, disse Braga na noite desta segunda, após deixar o ministério. Ele disse que ainda aguarda informações mais detalhadas da equipe técnica. Nesta terça-feira, a falta de luz vai ser tema de uma reunião emergencial no Operador Nacional do Sistema (ONS).

Segundo Eduardo Braga, o pico de energia por si só não era suficiente para causar um desligamento parcial do sistema. “O pico de consumo houve. No entanto,  esse pico de consumo aconteceu na semana passada todos os dias e nos não tivemos nenhum problema”, afirmou.

Eduardo Braga não conversou com a imprensa durante todo o dia e só deu as declarações porque foi abordado na portaria do ministério. O ministro falou por menos de cinco minutos.

Fonte: VEJA