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Exército do Quênia deve responder a ataque de grupo radical, diz professor

Neste sábado (21), atiradores invadiram um shopping center de luxo em Nairóbi, capital do Quênia, e provocaram cenas de terror e pânico no coração do país. A presidência confirmou 39 mortos e 150 feridos. O ataque foi assumido pelo grupo islâmico Al-Shabab, da Somália, que tem ligações com a rede terrorista Al-Qaeda. Os militantes já tinham ameaçado atacar o shopping, depois que o Exército do Quênia combateu insurgentes islâmicos na Somália em 2011.

Em entrevista ao Jornal das Dez, o professor Jonuel Gonçalves, do Instituto de Estudos Estratégicos da Universidade Federal Fluminense (UFF), explicou a ligação entre os dois grupos terroristas e avaliou as consequências do ataque.

De acordo com Jonuel Gonçalves, o Al-Shabab é o grupo terrorista mais forte ligado à Al-Qaeda. “O Al-Shabab é o mais ativo e com mais efetivo. Deve ter cerca de 8 mil homens em posição de combate dentro da Somália. O grupo foi constituído a partir de divisão no movimento islâmico da Somália: uma parte aderiu ao governo de transição e a outra ao terrorismo”,

Para o professor, a tática adotada pelo Al-Shabab em Nairóbi lembra o ataque em Kampala, capital de Uganda, durante a Copa do Mundo da África do Sul, em 2010. “Um ataque em um centro recreativo, que começou ao meio-dia, com o objetivo de se estender até a noite para facilitar uma fuga. Parece o mesmo cenário”, descreve o professor.

O professor acredita que o Exército do Quênia vai responder ao ataque dentro do território somali. “Algumas localidades que ainda estão na mão do Al-Shabab perto do sul vão ser atacadas pelo Exército queniano. Provavelmente, não só o Exército queniano vai avançar dentro da Somália como as forças da União Africana vão fazer uma série de ataques”, avalia Jonuel Gonçalves.

Fonte: Globo News