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Ex-governador de MG é condenado a 10 anos e 6 meses de prisão

O ex-governador de Minas Fernando Pimentel foi condenado pela Justiça Eleitoral de Belo Horizonte a 10 anos e 6 meses de prisão por tráfico de influência e lavagem de dinheiro. O político poderá recorrer em liberdade.

Os supostos crimes são referentes ao período em que o petista foi ministro do Desenvolvimento do governo de Dilma Rousseff, entre 2011 e 2014.

De acordo com a denúncia do MPF (Ministério Público Federal), Pimentel teria se beneficiado do cargo que ocupava na época para ter “acesso a discussões sobre investimentos privados realizados no país” e, com isto, negociou um acordo com o empresário José Auriemo Neto, sócio da JHSF Incorporações.

A companhia teria conseguido o direito de operar o aeroporto Catarina, em São Roque, na Grande São Paulo, com a ajuda do politico e, em troca, teria feito repasses à campanha de Pimentel pelo Governo de Minas, em 2014.

O esquema teria sido intermediado pelo empresário Benedito Rodrigues de Oliveira, que trabalhou na campanha do petista, e que também foi condenado a 8 anos de reclusão. O homem conhecido como “Bené” também vai recorrer em liberdade.

Ainda segundo as investigações, para repassar o dinheiro a Pimentel, a JHSF Incorporações teria contratado a empresa Vox Populi para “realização de pesquisa junto à população sobre estacionamentos em shopping centers”. Contudo, o serviço verdadeiramente prestado teria sido de pesquisa de opinião eleitoral para a campanha de Pimentel.

O sócio do instituto de pesquisas, Marcos Coimbra, e o ex-funcionário Márcio Hiram, foram condenados a dois anos e nove meses de prisão na mesma ação por falsidade ideológica. A pena, no entanto, foi substituída por prestação de serviços comunitários e pagamento de 30 salários mínimos.

De acordo com a denúncia do MPF, a dupla alterou informações nas nota fiscais sobre os serviços prestados pela empresa “com a finalidade de alterar fato juridicamente relevante à Justiça Eleitoral.”

Procurado pelo R7, advogado Eugênio Pacelli, que defende o ex-governador, classificou a decisão como “despropositada” e “contrária à prova dos autos”. Segundo o defensor, “fatos claramente inventados na polícia e em juízo” teriam sido acolhidos como verdade. O advogado informou ainda que vai entrar com recurso para reverter a condenação.

Fonte: R7