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Ex-gerente da Petrobras usou a Lei de Repatriação para lavar dinheiro, diz MPF

concurso-petrobras-315x263Um dos alvos da 40ª fase da Lava Jato, deflagrada nesta quinta-feira (4), usou a Lei de Repatriação para lavar dinheiro, informou o Ministério Público Federal (MPF). O ex-gerente da estatal Márcio de Almeida Ferreira, que foi preso ontem, tinha R$ 48 milhões em contas nas Bahamas e, no final de 2016, fez a regularização cambial do montante, alegando que os recursos vieram da venda de um imóvel. Outros três investigados também foram presos.

Segundo o procurador Diogo Castor de Mattos, Márcio Ferreira pagou tributos sobre o valor repatriado e, assim, “esquentou” o dinheiro que “certamente tem origem em propina proveniente de corrupção na Petrobras”.

O que chama a atenção nessa nova fase, segundo a delegada da Polícia Federal Renata da Silva Rodrigues, é que mesmo após a deflagração da operação, em março de 2014, ainda estão sendo descobertos novos nichos de corrupção na Petrobras. Ela destacou a “audácia” dos investigados terem continuado com os pagamentos ilícitos, ainda que se utilizando de sistemas sofisticados para tentar blindar os beneficiários finais, mas sem nenhum, pudor de serem eventualmente descobertos e responsabilizados.

A atual fase foi batizada de “Asfixia” e tem como foco ex-gerentes da Petrobras suspeitos de terem recebido parte dos R$ 100 milhões em propinas de empreiteiras. Esse montante foi movimentado pela empresa de consultoria Akyzo, segundo a delegada Renata.

De acordo com as investigações, a Akyzo e a Liderrol, outra empresa de consultoria, faziam contratos falsos com fornecedoras tradicionais da Petrobras, como Andrade Gutierrez, Odebrecht, Carioca Engenharia e Queiróz Galvão, para intermediar e repassar as propinas a funcionários da estatal.

Fonte: G1