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EUA defendem na ONU embargo petroleiro à Coreia do Norte

Os Estados Unidos pediram nesta quarta-feira ao Conselho de Segurança da ONU que aplique um embargo petroleiro à Coreia do Norte e congele os ativos de seu líder, Kim Jong-Un, em resposta ao sexto e mais potente teste nuclear realizado por Pyongyang.

A resolução, redigida pelos Estados Unidos, e da qual a AFP obteve uma cópia, também defende a proibição das exportações de têxteis e a suspensão dos pagamentos a trabalhadores norte-coreanos no exterior, privando ainda o regime de receitas para prosseguir com seus programas militares.

Os Estados Unidos fizeram circular o projeto de resolução aos outros 14 membros do Conselho dois dias depois de a embaixadora americana na ONU, Nikki Haley, defender a adoção das “medidas mais fortes possíveis” contra a Coreia do Norte.

Na segunda-feira, Haley informou que os Estados Unidos pretendiam votar novas sanções em 11 de setembro.

O esboço do texto se volta para a liderança norte-coreana, com a previsão de congelamento de bens do líder Kim Jong-Un, assim como de membros do Partido de Trabalhadores da Coreia (situação) e do governo norte-coreano.

Ainda segundo o rascunho, Kim seria incluído em uma lista negra de sanções da ONU, o que o submeteria a uma restrição global de viagens, juntamente com outros quatro altos funcionários norte-coreanos.

A companhia aérea estatal Air Koryo também seria atingida pelo congelamento de bens, assim como o Exército do Povo da Coreia, a comissão militar do partido do governo, e outros sete departamentos do partido e do governo.

Toda nova cooperação empresarial e comercial com a Coreia do Norte também seria proibida e as já existentes, anuladas, segundo o documento.

Os programas “nuclear” e “balístico” da Coreia do Norte “representam uma ameaça clara à segurança e à paz internacionais”, destaca o texto redigido pelos Estados Unidos.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, destacou nesta quarta-feira que uma ação militar contra o programa nuclear da Coreia do Norte não é a “primeira opção” do seu governo, e defendeu os esforços diplomáticos.

O secretário americano da Defesa, Jim Mattis, reafirmou o “férreo” compromisso dos Estados Unidos com a defesa da Coreia do Sul, reafirmando que qualquer ameaça do Norte provocará uma “resposta militar em massa”.

Trump conversou por telefone com seu homólogo chinês, Xi Jinping, para tentar prevenir danos ao consenso internacional, que permitiu a adoção unânime de sanções contra Pyongyang há um mês.

Fonte: AFP