Vida FM Asa Branca Salgueiro FM Salgueiro FM

Em um ano, Brasil ganha 200 ‘ricos’ com mais de U$ 50 milhões

O Brasil ganhou 200 “super-ricos” – pessoas com fortuna superior a US$ 50 milhões – desde meados de 2013, segundo um recém-divulgado levantamento do banco Credit Suisse sobre prosperidade global. Há, no País, 1,9 mil indivíduos com fortunas desse tamanho.

O levantamento, chamado “Prosperidade Global”, identificou que, apesar do clima de incerteza da economia internacional e da difícil recuperação de diversos países, “a riqueza total global cresceu para um novo recorde, subindo US$ 20,1 trilhões entre meados de 2013 e meados de 2014, um aumento de 8,3%, para chegar a US$ 263 trilhões”.

E essa prosperidade é concentrada na mão de poucos: 0,7% da população adulta do mundo detém 44% (US$ 115 trilhões) da riqueza global.

No mundo, há 128,2 mil pessoas com mais de US$ 50 milhões, sendo que metade delas possui ao menos US$ 100 milhões. A América do Norte é o continente com a maior concentração dessas pessoas. Só os EUA ganharam 9,5 mil super-ricos no último ano.

A concentração de riqueza levanta, também, a questão da desigualdade e do abismo entre ricos e pobres.

“A mudança na distribuição de riqueza é hoje um dos tópicos mais discutidos e polêmicos”, diz o relatório, citando o economista francês Thomas Piketty, autor de O Capital no Século 21, livro bastante debatido nos últimos meses por abordar justamente a desigualdade no mundo e o fato de os mais ricos acumularem riquezas mais rapidamente do que o avanço da atividade econômica.

“Acreditamos que os dados (do relatório) darão uma contribuição valiosa ao debate sobre a desigualdade”, diz o Credit Suisse.

Brasil
O levantamento calcula que o Brasil tenha 225 mil milionários e 296 mil adultos entre a parcela de 1% mais rica do mundo.

O relatório destaca que, apesar da aguda desigualdade social do País, a renda média domiciliar triplicou entre 2000 e 2014, de US$ 7,9 mil anuais por adulto para US$ 23,4 mil.

“A prosperidade atual (do País) está bem acima do nível alcançado antes da crise financeira internacional de 2007″, diz o texto. “No entanto, o crescimento ficou mais lento nos últimos anos”.

Fonte: Terra