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Em reunião com ministros na Alvorada, Dilma fecha novos rumos

Em meio à maior crise política desde que a assumiu a presidência e lidando com a menor popularidade de um líder desde que Fernando Collor sofreu o impeachment, Dilma Rousseff reuniu na noite deste domingo o grupo de ministros de seu conselho político para discutir os próximos passos do Governo. A agenda não é trivial: sobre a mesa de Dilma foram colocadas as pautas-bomba em votação no Congresso que colocam em risco o ajuste fiscal, o esfacelamento da base aliada, o enxugamento de ministérios e as manifestações contra seu Governo previstas para domingo que vem.

Normalmente realizada às segundas, a reunião foi antecipada por Dilma, que viaja nesta segunda-feira a São Luís do Maranhão para inaugurar unidades do Minha Casa, Minha Vida. Participaram do encontro 13 ministros, dois líderes do Governo e o vice-presidente Michel Temer.

Papel de fiador  

Essa foi a primeira reunião do grupo após Temer, que também é o articulador político do Governo, ter dito em público que o País precisava de “alguém que tenha a capacidade de reunificar a todos”. A fala foi vista com desconfiança por petistas diante da possibilidade da abertura de um pedido de impeachment contra Dilma.

Encarando o papel de “fiador” do Governo, Temer tem como missão aparar arestas no Congresso, especialmente na Câmara, onde o Palácio do Planalto vem sofrendo sucessivas derrotas conduzidas pelo presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Nesta semana, o Governo tem como desafio tentar evitar a conclusão da votação dos destaques feitos por parlamentares na Proposta de Emenda à Constituição que vincula salários de advogados públicos da Advocacia-Geral da União (AGU) e de delegados de polícia à remuneração dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). A medida é combatida pelo ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, que estimou em R$ 2,45 bilhões o custo, para o Governo, caso a PEC 443 seja aprovada.

Fonte: Estadão Conteúdo