O ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, disse nesta terça-feira (20) que o apagão determinado pela ONS que atingiu 10 estados e o distrito federal na tarde de segunda-feira não foi “falta de energia” e sim um “problema técnico” que obrigou o desligamento das usinas.
“Ontem (segunda-feira) não houve falta de energia. O que houve e a ONS haverá de comprovar isso ao longo da reunião que está acontecendo neste momento no Rio de Janeiro, com a presença com a presença do MME e da Aneel, é que houve um problema técnico na linha norte-sul, que acarretou um problema de descasamento, em função de que nós estávamos trazendo energia da Região Norte para a Região Sul e Sudeste”, disse o ministro.
“Esta energia não chegou porque teve problema da rede, e por esta energia não ter chegado, houve então um descasamento entre a demanda e a geração, que provocou a variação de frequência, que obrigou o desligamento de carga e do desligamento de usinas. Não é falta de geração”, relatou o ministro.
Como uma das soluções do governo tem discutido para garantir continuidade do abastecimento, o ministro apresentou uma nota técnica da Petrobras avisando que a partir do dia 18 de fevereiro deverá ser retomada a geração, por meios de usinas térmicas de 867 megawatts. De acordo com Braga, estes equipamentos estavam parados para manutenção e que no próximo mês voltarão a adicionar ao sistema.
“Ao mesmo tempo alternativas já estão sendo tomadas, inclusive adicionais com relação a energia de Itaipu e de outras regiões para reforçar o sistema que aconteceu até que a linha norte sul possa estar totalmente superada”, disse o ministro.
As medidas foram informadas ao ministro pelo diretor-geral do ONS, Hermes Chip, em conversa por telefone no início da tarde. A reunião continua ocorrendo no Rio de Janeiro com a presença de Chip.
Braga defendeu que o apagão não indica fragilidade do sistema de fornecimento de energia e que o problema ocorreu por “falha técnica”. No entanto, o ministro ainda não soube dizer qual foi a falha e nem que linha de transmissão. “Quem tem que responder isso é o ONS” disse.
Fonte: Último Segundo