A presidente da Petrobras, Graça Foster, foi ouvida em Brasília na Controladoria Geral da União sobre auditorias relacionadas à estatal. No Congresso a expectativa é pelo depoimento nesta quarta-feira (17) do ex-diretor da empresa Paulo Roberto Costa.
Paulo Roberto Costa vai viajar de Curitiba para Brasília num avião da Policia Federal. O jato vai ser o mesmo usado para transportar os presos condenados no mensalão do PT. Paulo Roberto será escoltado por quatro policiais durante o voo. Estará algemado nas mãos e nos pés, seguindo o protocolo de segurança. No Congresso, ele vai ser acompanhado pela Polícia Legislativa.
Paulo Roberto Costa foi diretor da Petrobras de 2004 a 2012 nos governos Lula e Dilma e fez um acordo de delação premiada para contar o que sabe em troca da redução de pena.
“Estaremos com todas as condições necessárias para que ele possa falar e colaborar à CPI como ele vem, não é, falando à Justiça”, afirma o senador Vital do Rêgo, do PMDB-PB, presidente da CPI da Petrobras.
O depoimento está marcado para começar no Senado às 14h30. Nesta terça-feira (16), o presidente da CPI esteve reunido com o Ministro de Relações Institucionais Ricardo Berzoini. E para tentar evitar que Paulo Roberto Costa use a estratégia de não falar nada para não se auto incriminar ou para que o depoimento na CPI mista não comprometa o acordo de delação premiada, a oposição já fala em pedir uma sessão fechada, secreta.
“O que a oposição deseja é a verdade. Toda a conexão de corrupção envolvendo a Petrobras e como a Petrobras foi realmente vítima de um processo que gerou um grande prejuízo a um patrimônio do povo brasileiro”, afirma o deputado Mendonça Filho, do DEM-PE, líder do partido.
E as investigações das suspeitas de corrupção na Petrobras levaram a presidente da empresa até a Controladoria-Geral da União. Graça Foster se reuniu por mais de uma hora com o ministro-chefe, Jorge Hage, e saiu no fim da tarde. A CGU informou que Graça Foster está colaborando com as investigações.
Fonte: Jornal Nacional
