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Delator cita que esquema de corrupção bancou R$ 900 mil em despesas de Pezão

Despesas do governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão(PMDB), foram bancadas com recursos do esquema de corrupção do Tribunal de Contas do Estado do Rio, segundo a delação premiada de Jonas Lopes de Carvalho Neto, filho do ex-presidente do TCE-RJ Jonas Lopes Junior.

Em depoimento exclusivo obtido por ÉPOCA, Jonas Neto contou ter recebido informações de que cerca de R$ 900 mil arrecadados junto a empresas, referentes à propina destinada aos conselheiros do TCE-RJ, foram desviados para pagamento de despesas de Pezão. Jonas Neto relatou que o portador da informação foi o atual subsecretário de Comunicação do Rio, Marcelo Santos Amorim, apontado como operador das propinas no governo do Estado. Marcelinho, como é chamado, é casado com uma sobrinha de Pezão.

“Marcelinho, além dos R$ 150 mil recolhidos na Milano, apresentou ao colaborador uma anotação indicando que teria arrecadado quase R$ 900 mil junto às demais empresas, mas teria utilizado a quantia para pagamento de despesas do governador Pezão”, disse Jonas Neto em seu depoimento. “Marcelinho seria operador de Pezão, tendo, inclusive, uma sala no Palácio Guanabara”, explicou o delator.

Em meio às graves revelações sobre a política fluminense, é a primeira vez que Pezão é envolvido diretamente no recebimento de propina relacionada ao esquema de corrupção no TCE-RJ, desbaratado na semana passada por meio da Operação Quinto do Ouro, que prendeu cinco dos sete atuais conselheiros do órgão.

Caso as acusações se comprovem, os pagamentos de propina teriam ocorrido já quando Pezão exercia o cargo de governador do Estado. Até agora, havia referências a pagamento de propina a Pezão, mas durante sua gestão como vice-governador de Sérgio Cabral (PMDB). Na Operação Calicute, deflagrada em novembro, foram encontrados bilhetes com um assessor de Cabral com referências a Pezão. As provas foram remetidas para investigação junto ao STJ.

Fonte Época