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Criação de vagas formais cai a 140 mil em julho–Caged

empregosA criação de vagas de trabalho com carteira assinada desacelerou na economia brasileira em julho, em mais um sinal de desaquecimento da atividade doméstica, mostraram dados divulgados nesta terça-feira pelo Ministério do Trabalho.

No mês passado, foram gerados 140.563 postos formais, contra 182 mil postos em julho de 2010 –uma queda de 23 por cento. Em junho, a criação de vagas havia somado 234 mil, segundo dado revisado do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).

O ministro Carlos Lupi afirmou que o número de julho sofreu o impacto de uma retração das contratações da indústria em meio ao acirramento da concorrência internacional. Sua expectativa, contudo, é que em agosto a geração de empregos volte a ganhar fôlego e supere julho “com certeza absoluta.”

“O resultado de julho não foi tão bom como eu gostaria que fosse”, afirmou Lupi a jornalistas. “Mas não é nada que signifique uma tendência, foi apenas o comportamento de alguns setores.”

Segundo o ministro, o emprego doméstico não sofreu impacto direto do aumento recente da turbulência internacional.

A indústria de transformação foi o setor que apresentou o pior desempenho relativo para o emprego no mês passado, com a criação de 23.610 postos, alta de 0,29 por cento sobre o estoque.

Em junho, último dado divulgado pelo IBGE, a atividade industrial recuou bem acima do esperado por analistas, na esteira do aperto monetário promovido pelo governo desde janeiro.

Sazonalmente, o emprego formal sofre o efeito de demissões de trabalhadores do setor de educação em julho, mês de férias escolares. No mês também há desaceleração de contratações do setor agropecuário em meio à entressafra das regiões Sul e Sudeste, segundo Lupi.

Fonte: Reuters