O ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, afirmou nesta quarta-feira que o aumento médio das tarifas de eletricidade em 2015 “ficará abaixo de 40% com certeza”. O piso representa cerca de 6,1 vezes o teto da inflação previsto para o ano, de 6,5%.
“Não creio em (aumento de) tarifa de 40%”, disse Braga, acrescentando “com certeza”, ao ser indagado se o reajuste ficará abaixo de 40%.
A afirmação do ministro foi feita ao ser perguntado sobre a informação de um jornal de que a tarifa de energia poderia subir, em média, até 40% este ano. O ministro, porém, evitou dar mais detalhes. Outro jornal especulou que a alta média ficaria em 30%.
Semana passada, estudo da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) mostrara que, com o aumento da energia de 11,5%, em janeiro, a tarifa de energia industrial do país passou a ser a sexta mais cara num ranking que contempla 28 países. Em dezembro, a ela estava na oitava posição.
Com o aumento autorizado então pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a tarifa subiu de R$ 360,85 por mwh para R$ 402,26 por mwh.
Braga não citou quais os níveis dos aumentos ordinários e das revisões extraordinárias das tarifas que estão sendo pedidos pelas distribuidoras. As elétricas querem um aumento extraordinário, alegando necessidade de cobrir a elevação dos custos da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) e do preço da energia da usina hidrelétrica de Itaipu, que subiu cerca de 46%.
O ministro, porém, destacou que as especulações sobre aumentos publicadas pelos jornais desconsideram efeitos positivos da melhora da situação financeira das distribuidoras com a revisão extraordinária de tarifas.
Fonte: Monitor Mercantil
