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Com Selic a 8,25%, poupança rende mais que fundo de renda fixa na maioria das situações

O Comitê de Política Monetária (Copom) reduziu nesta quarta-feira (06/09) a Selic para 8,25%, o nível mais baixo desde julho de 2013, quando a taxa estava em 8%. Com isso, os investimentos atrelados à taxa básica de juros perdem rentabilidade. Nesse cenário, os fundos de renda fixa continuam perdendo atratividade frente à poupança, principalmente se as taxas de administração do fundo forem superiores a 1%, segundo simulações feitas pela Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac).

A vantagem segue com a poupança, mesmo considerando que a caderneta irá render menos com a Selic abaixo de 8,5% ao ano. A regra para a remuneração da poupança foi alterada em 2012. Quando a Selic fica igual ou abaixo de 8,5% ao ano, o rendimento da caderneta passa a ser de 70% da Selic mais a taxa de referência (TR), definida pelo Banco Central. O valor é inferior aos 6,17% ao ano mais TR pagos de juros quando a Selic está acima de 8,5%. Vale lembrar que para os valores depositados até 3 de maio de 2012, quando foi publicada a nova lei, o cálculo do rendimento não muda.

“Tanto a poupança antiga como a nova poupança já ganham dos fundos na maioria das situações, sendo que quanto menor o prazo de resgate da aplicação e maior a taxa de administração cobrada pelo banco, maior vai ser a vantagem da poupança frente aos fundos”, diz Miguel José Ribeiro de Oliveira, diretor executivo de estudos e pesquisas econômicas da Anefac, em nota. Isso acontece porque, além da taxa de administração comer parte dos ganhos das aplicações, os investimentos em fundos de renda fixa são tributados, o que não ocorre com a poupança.

Para aplicações com prazo de resgate de até um ano, os fundos de renda fixa DI (aqueles que tentam acompanhar a remuneração da Selic ou do CDI) só ganham da poupança se a taxa de administração cobrada for de até 0,5% ao ano. Com o prazo de resgate entre um e dois anos, vale investir em fundos se a taxa cobrada pelo banco for de até 1%. Se o investimento for resgatado em mais de dois anos, fundos com taxas de até 1,5% ganham da poupança.

Fonte: Época Negócios