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Com classificação garantida, Dunga, comenta sobre mata-mata: “É um campeonato à parte”

Após a vitória da Seleção Brasileira sobre a Venezuela por 2 a 1, pela última rodada da fase classificatória da Copa América, otécnico Dunga concedeu entrevista coletiva à imprensa para explicar maiores detalhes da atuação deste domingo, além de comentar o próximo confronto, contra o Paraguai.

Um grande fato que chamou a atenção foi a entrada dos zagueiros David Luiz e Marquinhos para reforçar o setor defensivo na reta final de jogo. Nos últimos minutos, todos os defensores convocados pelo treinador foram escalados numa tentativa de controlar os ataques venezuelanos, que buscavam o empate a todo o custo. Dunga explicou o porquê de ter adotado essa estratégia.

“Para neutralizar a única jogada que Venezuela fez o tempo todo. Era a bola longa para cabecear. Eles não tinham outra jogada e me preocupou muito a quantidade de faltas perto da nossa área. Infelizmente, não tivemos essas faltas a favor, só contra nós. O David Luiz já jogou nessa função, no meio, o Marquinhos também na lateral; e deixamos o Daniel Alves para a parte ofensiva, com velocidade e chute de média e longa distância, porque ele estava levando vantagem. Ficou mais livre para aumentar essa jogada pelo lado direito”, comentou.

Dunga também deu mais detalhes sobre seu ponto de vista diante da atuação do Brasil no começo da noite deste domingo e a força do coletivo, uma vez que o principal destaque do time, Neymar, está fora de toda a Copa América por conta da suspensão recebida por quatro jogos.

“O time se comportou bem. Era normal alternar dentro da partida, mas, em alguns momentos, as coisas saíram muito bem, com posse de bola, virada de jogo. O segundo gol saiu numa troca de passes com virada de jogo. Queremos explorar a qualidade técnica dos nossos jogadores, que costumavam levar vantagem no um contra um. Trabalhamos sempre para que a equipe não dependa de um só jogador, e, a cada instante, um possa fazer a diferença. Acreditamos que vamos jogar melhor, temos capacidade para isso. Temos que ter tranquilidade para aproveitar melhor nossas qualidades”, avaliou.

Três jogadores foram comentados pelo treinador da Seleção Brasileira. Neymar, que não jogou; Miranda, escolhido como novo capitão da Amarelinha; Roberto Firmino, autor do segundo gol do Brasil, que teve atuação bastante criticada na derrota pelos colombianos.

“Neymar faz falta a qualquer equipe. Quando não temos, é preciso achar uma solução e não lamentar. Não tenho nenhuma novidade sobre o recurso. O que posso dizer sobre argumentos? Que da próxima vez vou pedir a ele menos dribles e mais patadas. Miranda me conquistou pelo rendimento, pelo comportamento, a liderança no grupo, o caráter tranquilo. Todo mundo gosta da forma como ela atua, da forma como está sempre pronto a conversar e orientar da melhor maneira possível”, disse.

“Firmino tem ótima qualidade, é um bom definidor, estava saindo um pouco da área no primeiro tempo e pedimos para ficar mais perto no segundo, fazer infiltrações, principalmente nas jogadas de fundo. Fez um gol difícil porque a bola quicou na frente, ele teve capacidade e calma para trocar o passo e concluir bem. Não tem 10 partidas pela Seleção, a tendência é adquirir confiança e melhorar”, declarou Dunga.

O treinador do Brasil deixou bem claro seu ponto de vista sobre a Venezuela. “É uma boa equipe, de bola longa muito forte, mas controlamos bem o jogo. Nosso goleiro só fez boas defesas em cobranças de falta, enquanto o goleiro da Venezuela fez algumas intervenções. Se tirássemos o Rondón, não teríamos trabalho nenhum na bola aérea, enquanto o capitão Arango, que colocava a bola na área como se fosse com a mão, também”, disse.

Em conclusão à entrevista coletiva, Dunga elogiou o Paraguai, próximo adversário, e deu um panorama sobre os rivais sul-americanos, os quais o Brasil vai enfrentar também nas Eliminatórias para a Copa do Mundo 2018.

“Paraguai demonstrou sua força contra a Argentina, uma das favoritas, está crescendo. É uma equipe complicada na bola aérea, o técnico Ramón Díaz é um cara muito tático. Esses jogos agora são como finais. Não se pode voltar no tempo; o que passou, passou. Não estávamos lá, mas estamos agora e vamos jogar para ganhar. O Brasil tem que enfrentar a todos, num campeonato como esse tem que respeitar a todos, mas não temer nada. Para nós é importantíssimo enfrentar adversários que vamos encontrar nas Eliminatórias, ter essa experiência porque muitos jogadores nunca disputaram partidas assim. É preciso entrar com a cabeça muito centrada”, finalizou o técnico da Seleção Brasileira.

Fonte: Vavel