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Cesta básica sobe mais do que a inflação

No ano passado, o valor da cesta básica aumentou nas 18 capitais pesquisadas pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).

Em nove cidades, a alta ficou acima de 10%: Salvador (16,74%), Natal (14,07%) e Campo Grande (12,38%) estão entre os maiores avanços. Em 16 das 18 cidades pesquisadas, a alta nos preços foi acima da inflação em 2013.

Em São Paulo, os produtos da cesta básica subiram 7,33%, fechando o ano com um custo médio de R$ 327,24, a segunda mais cara do país, perdendo somente para Porto Alegre, cujo preço chegou a R$ 329,18. Vitória (R$ 321,39) e Florianópolis (R$ 319,33) vêm em seguida.

De acordo com o IBGE, o IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15), último dado disponível, acumula variação de 5,85% no ano. Os vilões da cesta básica do ano foram itens como leite, farinha de trigo, banana, pão francês e batata, que aumentaram em todas as regiões pesquisadas.

O Diesse destacou ainda o tomate, que acumulou altas de até 34,43% em Natal, 33,61% em Vitória, 28,87% em Aracaju, 21,09% em Porto Alegre e 20,57% no Rio de Janeiro.

O preço do leite in natura aumentou em todas as cidades. Além do avanço de 6,18% em Manaus, as altas foram superiores a 13% em todas as cidades. Destaque para Belém, onde o preço avançou 28,24%. O custo da cesta representou 46,83% do salário mínimo do ano passado, após o desconto da Previdência. O valor do mínimo foi reajustado para R$ 724 em janeiro.

Pelos cálculos do Dieese, o funcionário que recebia o mínimo precisou trabalhar 94 horas e 47 minutos (cerca de 12 dias) apenas para bancar os gastos com alimentação no ano passado.

Fonte: Rede Bom Dia