Centenas de policiais nas calçadas e nas ruas próximas à praça Primeiro de Maio, no centro de Argel, tentam impedir que a população inicie uma manifestação reivindicando reformas no poder, constatou a agência EFE.
A polícia argelina tenta dispersar os grupos de centenas de pessoas e impedir que alcancem a praça. Entre as palavras de ordem dos manifestantes, estão “poder assassino”, “abaixo a opressão” e outras contra o regime e o presidente da Argélia, Abdelaziz Bouteflika.
Como informaram à agência EFE fontes da Liga Argelina de Direitos Humanos, o serviço de trens nos arredores de Argel foi cortado e policiais instalaram controles policiais nas estradas para impedir a chegada de muitos cidadãos à capital.
O presidente da Liga Argelina de Direitos Humanos, Mustafá Buchachi, disse à EFE que a polícia o havia impedido até o momento chegar à praça do Primeiro de Maio.
No entanto, o presidente de honra desta Liga, Ali Yahia Abdennur, 91 anos, a figura mais respeitada na coordenação da manifestação, conseguiu chegar às imediações da praça e lidera neste momento um dos grupos que tenta chegar à praça.
Abdennur estimou a presença de mais de 40 mil policiais na praça. A Coordenação pela Mudança e a Democracia, grupo que convocou o protesto, é formada por organizações da sociedade civil, sindicatos e alguns políticos.
Fonte: Agência EFE